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MINISTÉRIO EM DEFESA DA FÉ APOSTÓLICA


PASTOR SERGIO LOURENÇO JUNIOR - REGISTRO CONSELHO DE PASTORES - CPESP - 2419

PASTOR RICARDO GONDIM COMPARA PROGRAMAS DE IGREJAS NEOPENTECOSTAIS A COMERCIAIS DA CASAS BAHIA: “QUAL O MELHOR BALCÃO DE SERVIÇOS RELIGIOSOS?”


As estratégias de comunicação usadas por igrejas evangélicas que pagam horários na TV para exibirem programas em horário nobre e destacarem curas e milagres que são relatados por seus fiéis foram comparadas à estratégia comercial de grandes lojas de móveis e eletrodomésticos. A comparação foi feita pelo pastor Ricardo Gondim, num artigo publicado em seu site, e que critica a forma como o Evangelho é exposto por essas denominações. “Toda noite, entre oito e dez horas, a mesma cantilena se repete nos programas evangélicos na televisão. Pelo menos quatro ‘ministérios’ disputam outro mercado: o religioso. Caçam clientes que sustentem, em ordem de prioridade, empreendimentos expansionistas, ilusões messiânicas e o estilo de vida nababesco de seus líderes. Assim, cada programa oferece milagre. Cada um alicerça a promessa de que Deus vai prosperar, amenizar problemas matrimoniais, resolver causas na justiça com testemunho. Entrevistam gente que jura ter sido brindada pelo divino. Não faltam documentos, exames médicos, carros luxuosos. Deus teria usado aquele apóstolo, bispo, missionário, para abençoar inúmeras pessoas para uma vida sem sufoco”, introduz o pastor Gondim. Ricardo Gondim diz ainda que as condições para que esses milagres e curas aconteçam são colocados por essas igrejas de forma muito específicas, como forma de evitar possíveis reclamações por partes dos fiéis, que segundo o pastor, são tratados como “clientes” pelos líderes dessas denominações. “Um monte de exigência vem embutida na promessa de bênção: ser constante nos cultos por várias semanas, contribuir financeiramente para que a obra de Deus continue e, ainda, manter-se corretíssimo. Um deslize mínimo, um pecadilho qualquer, impede o Todo Poderoso de concretizar a maravilha. E ainda tem a falta de fé como critério inegociável. Qualquer dúvida é considerada um obstáculo, que mata a possibilidade do milagre”, constata o líder da Igreja Betesda. Para Gondim, que é um dos maiores críticos de certas posições e práticas do movimento neopentecostal, ironiza a oferta de opções para milagres, como se fossem serviço ou produto: “Como um cliente religioso pode optar? Deus apontou o dedo para qual igreja, missionário, apóstolo, pastor ou evangelista? Quem foi ‘ungido’ representante do divino para o privilégio de ‘operar’ esse sem-número de milagres? Um pai que sofre com uma filha com leucemia aguda, não pode se dar ao luxo de errar. Se apela para uma igreja com pouco poder sobrenatural, perde a filha. O seguro seria ele frequentar todas. Mas como?”, indaga o pastor, em tom de indignação. A ideia de que participando de tais campanhas Deus tratará os fiéis com exclusividade, como se fosse servos V.I.P.s, é exposta pelo pastor como um dos absurdos cometidos pelos pastores da televisão brasileiros: “No milagre ofertado pelos televangelistas está a expectativa egocêntrica de que o Todo Poderoso distinguirá apenas um punhado entre todos os outros sete bilhões de habitantes do planeta. ‘Deus abrirá uma brecha na ordem da vida para privilegiar você’. ‘Outros podem padecer nos corredores sujos de ambulatórios médicos, mas você que veio aqui na igreja X, não precisará passar por tanta humilhação’”, ilustra, antes de citar que tais igrejas “fortalecem a ideia de que existem agenciadores do favor divino”. Na comparação com as lojas de eletrodomésticos, Gondim diz que as “igrejas evangélicas comercializam esperança”, e que, “pelo serviço cobram caro, muito caro. Afinal de contas, um produto celestial não pode ser negociado como bem de quarta categoria. Os televangelistas só oferecem ‘Brastemps’ vindas do céu”. A abordagem feita pelo pastor da Igreja Betesda expõe ainda que tais igrejas não hesitam na hora de transferir responsabilidades caso os milagres oferecidos por elas não se realizem na vida dos fiéis. Gondim afirma ainda que essas igrejas assemelham-se a empresas, que estudam seus clientes para conhecê-los e transmitir sua mensagem da forma mais eficiente possível. “Qual o melhor balcão de serviços religiosos? Que varejista está mais aparelhado para distribuir os favores divinos? Os vendilhões do templo de hoje não se comparam aos do tempo de Jesus. Eles se escolaram no marketing. Especializaram-se em conforto. Valem-se da linguagem piedosa que confunde fé com credulidade. Se as grandes redes comerciais devem se conformar ao Código do Consumidor, as igrejas hábeis em produzir milagre não passam por nenhuma regulamentação. Se algo der errado, o cliente nunca tem razão. Se a leucemia matar a filha, o pai, além de enlutado, acabará responsabilizado pela perda. Terá de escutar que a menina não foi curada porque o diabo entrou por alguma ‘brecha’ e matou. Ou que alguém da família não ‘perseverou na fé’ ou ‘não honrou a Deus com o dízimo’”, lamenta o pastor. Por Tiago Chagas, para o Gospel+

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