CRER É O QUE IMPORTA - ROMILDO RIBEIRO SOARES, MAIS CONHECIDO COMO MISSIONÁRIO R. R. SOARES, É UM MISSIONÁRIO E TELEVANGELISTA BRASILEIRO, FUNDADOR DA IGREJA INTERNACIONAL DA GRAÇA DE DEUS - A IMPORTÂNCIA DE CRER
O Senhor disse ao oficial do rei: Se não virdes si¬nais e milagres, não
crereis (v. 48). Em outras palavras: "O seu problema, senhor ofi¬cial, é
que você não crê. Ainda que eu vá pessoalmen¬te e imponha as minhas mãos sobre
o seu filho, a sua incredulidade (ele tinha desejo, vontade de ver o seu filho
curado, mas não sabia cooperar com o Senhor na consecução do milagre, crendo)
anularia a minha obra." Muita gente precisa entender, e para alguns isso é
difícil de aceitar, que não é o pregador que faz a obra, e, sim, a maneira como
se responde à Palavra de Deus. Na verdade, a participação do pregador na
realiza¬ção do milagre é quase ínfima; ele se resume a dar a mensagem e levar a
pessoa a tomar a decisão. Quem dá ouvidos à Palavra recebe a fé que é a base de
toda operação de Deus no ser humano. No capítulo três eu faço uma distinção
entre fé e crer, que não são a mesma coisa, apesar de muita gente boa achar o
contrário. O oficial estava mesmo sem entender a orienta¬ção clara e simples de
Jesus. Quase fora de si, não com¬preendendo o que o Senhor está a lhe revelar,
ele im¬plora: Senhor, desce, antes que meu filho morra (v. 49). Está evidente
que ele só estava esperando pela resposta positiva do Mestre à petição que Lhe
fizera, a qual julgava ser a solução para a cura do seu filho. Não conseguia
ver que o diálogo que Cristo travava com ele era a preparação do milagre. Para
ele, o que importava é que o seu filho fosse curado, e, segundo imaginava, a
cura só seria possível com a presença do Senhor em sua casa. O ensinamento que
Jesus es¬tava lhe ministrando era desnecessário, ou irrelevante. É claro que o
Senhor Jesus queria curar o rapaz, porém precisava ensiná-lo a fazer o que lhe
compe¬tia, caso contrário a cura não se manifestaria. Isto acontece em todos os
casos. Não há privilegiados, nem tampouco a bênção ocorre por sorte ou por
algum meio misterioso. O seu entendimento defeituoso se revoltava com assuntos
que julgava não serem pertinentes ao mo¬mento. É bem possível que tenha pensado
que, se o Mestre ficasse demorando em atendê-lo, o seu filho poderia morrer, e,
então, não haveria mais jeito. Provavelmente o seu desespero não o deixava
lem¬brar que o Senhor Jesus, também, Se identificava como Aquele que não
somente tinha poder de curar mas como Quem tem capacidade de trazer de volta,
da morte, os que já haviam partido: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em
mim, ainda que esteja morto, viverá. João 11.25 O conhecimento dele a respeito
da pessoa a quem estava se dirigindo era limitado e superficial. Só O conhecia
como um milagreiro para alguns casos. É importante que se conheça o Senhor
Jesus como o Filho de Deus, como Quem criou todas as coisas, sendo a Habilidade
de Deus, o Invencível em todas as batalhas e o Infalível em todas as situações,
como Se¬nhor em todos os assuntos. Vendo que o oficial não conseguia abrir os
olhos ao que estava lhe ensinando, o Senhor lhe dá uma ordem, a qual ele,
felizmente, acatou: Disse-lhe Jesus: Vai, o teu filho vive. E o homem creu na
palavra que Jesus lhe disse e foi-se (v. 50), Agora já não havia mais diálogo,
era obedecer ou não. A ordem fora dada. Para Deus, era assunto encerrado. Jesus
já não tinha mais nada a fazer. Quem teria de fazer algo era o oficial. E ele o
fez. Ele creu na Palavra de Jesus. Crer é condição para todas as operações do
Se¬nhor. Crer é importante, mas crer na Palavra do Se¬nhor. De uma coisa
podemos estar certos a bênção de Deus nunca será realizada por mágica ou por
algum meio misterioso, como alguns, supostamente, acredi¬tam. Ela é o resultado
de um processo divino em nós, do qual não somos apenas os beneficiados, e, sim,
in¬tegrantes na realização dele. A nossa participação é de vital importância. Ao
crer na Palavra de Jesus, o oficial simplesmen¬te permitiu que o poder de Deus
fizesse o que a ele competia fazer. Quando não se crê, o poder divino fica
impossibilitado de operar. Esta é a explicação que o Santo Espírito nos dá do
porquê de o Senhor Jesus não ter podido fazer gran¬des obras em Nazaré, a
cidade em que fora criado: E não podia fazer ali obras maravilhosas; somen¬te
curou alguns poucos enfermos, impondo-lhes as mãos. E estava admirado da
incredulidade (falta de crer) deles... Marcos 6.5,6 Depois de ter andado o
resto daquele dia e a noite toda, o oficial chega em casa, e logo os seus
servos vêm lhe dar as últimas notícias. E, descendo ele logo, saíram-lhe ao
encontro os seus servos e lhe anunciaram, dizendo: O teu filho vive.
Perguntou-lhes, pois, a que hora se achara melhor; e disseram-lhe: Ontem, às
sete horas, a febre o deixou. Entendeu, pois, o pai que era aque¬la hora a
mesma em que Jesus lhe disse: O teu fi¬lho vive; e creu ele, e toda a sua casa.
vs. 51-53 Observe a importância de crer. Quando ele creu na Palavra que Jesus
lhe disse, a febre deixou o seu filho. Se ele não tivesse crido, ela não o teria
deixado. Quando a pessoa crê, a doença sai, o vício vai embo¬ra, o demônio bate
em retirada, o sofrimento cessa. Crer permite ao poder de Deus realizar a obra
do Senhor. Enganam-se os que vivem orando, esperando que de algum modo o seu
sofrimento termine. Este não é o método bíblico de se receber, de Deus, as
bênçãos. No entanto, é deste modo que a maioria dos filhos de Deus tem agido.
Não é de se admirar que vivam so¬frendo, enquanto dizem na maior inocência: Não
sei por que o Senhor não me abençoa. Que esta lição nunca seja esquecida:
Quando se crê, o mal vai embora. Este é um princípio eterno que Jesus veio nos
transmitir. Agora mesmo, veja em sua vida por quantas coisas você tem estado a
orar e não tem rece¬bido resposta. Pare de orar por isto. Diga ao Senhor que,
neste momento, você vai to¬mar posse da sua bênção. Agradeça-Lhe ter colocado
em Jesus todos os seus sofrimentos. Mande que todos saiam de sua vida e, em
seguida, creia que já está li¬vre de todos eles. No momento em que você crê, o
mal perde a for¬ça sobre a sua vida e o poder de Deus entra em ação, realizando
o que, sobre a Palavra de Deus, foi deter¬minado. No capítulo seguinte, veremos
que, se não crer¬mos naquilo que oramos, simplesmente não teremos respostas aos
nossos pedidos.
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