ATAQUES DEIXAM 430 MORTOS NA SÍRIA E IGREJAS ALERTAM: "O MUNDO CLAMA POR UM FIM À MORTE" LÍDERES DE DIVERSAS IGREJAS BRITÂNICAS PEDIRAM QUE OS ATAQUES FOSSEM ENCERRADOS DE FORMA DEFINITIVA. OS BOMBARDEIOS ESTÃO ACONTECENDO DESDE O DIA 22 DE SETEMBRO
Líderes de igrejas britânicas expressaram indignação em relação aos
ataques com aviões de guerra russos e sírios, contra civis de Aleppo, cidade de
maioria cristã no norte da Síria. Eles pediram um fim aos ataques aéreos.
Representantes da União Batista da Grã-Bretanha, da Igreja Metodista, da Igreja
Reformada Unida, da Igreja da Escócia, e da Igreja no País de Gales – que
representam mais de um milhão de britânicos cristãos – disseram que a
destruição de Aleppo deve parar. Desde 22 de setembro, as forças sírias e da
Rússia submetem os bairros da zona leste de Aleppo e seus quase 250 mil
habitantes a uma chuva de bombardeios aéreos. Segundo o relatório da ONG
Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), foram mais de 430 pessoas
mortas, desde o início dos ataques. Em um comunicado divulgado nesta
quinta-feira (20), eles dizem: "Estamos horrorizados com os ataques a
civis pelo governo sírio, russo e outras forças. A vida é um dom de Deus. A
segmentação e matança de civis nunca pode ser meramente uma consequência da
guerra. Os ataques atingem casas e hospitais. Além disso, os comboios de ajuda
nunca são aceitáveis, sob quaisquer circunstâncias". Eles ainda disseram
que a frequência dos ataques apresenta "uma falha por parte da comunidade
internacional ao apoiar princípios que afetam a imunidade dos civis". A
declaração diz que os países membros da ONU devem procurar responsabilizar os
responsáveis pelos ataques. A declaração conclui: "O mundo clama por um
fim à morte e destruição na Síria, que contribui diariamente para a maior fuga
de refugiados desde a Segunda Guerra Mundial. Vamos nos juntar com nossos
irmãos e irmãs de outras igrejas em oração pelo povo da Síria. Não
reivindicamos qualquer solução simples para uma realidade política complexa,
mas queremos oferecer a mensagem simples da nossa fé: que cada vida é
valorizada por Deus e que esses ataques devem terminar agora". De acordo
com o enviado especial da ONU para a Síria, Staffan de Mistura, nas duas
semanas seguintes ao colapso, 376 pessoas foram mortas em Aleppo. Um terço
dessas pessoas eram crianças. Além disso, 1.266 ficaram feridos. A organização
humanitária internacional Médicos Sem Fronteiras disse recentemente que houve
23 ataques registrados em oito hospitais de Aleppo, desde o final de julho.
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