A DITADURA DA COREIA DO NORTE TEM MUITO MEDO DO EVANGELHO, DIZ MISSIONÁRIO KIM CHUNG-SEONG É MISSIONÁRIO E AFIRMOU QUE AS AUTORIDADES DA COREIA DO NORTE TÊM MEDO DA AÇÃO QUE A IGREJA PODE TER NO PAÍS, PORQUE O EVANGELHO TRAZ A VERDADE QUE LIBERTA. FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO CHRISTIAN
Kim Chung-seong, um 'desertor' norte-coreano que agora trabalha como
missionário, diz que apesar da Coreia do Norte ser considerada com maior nível
de perseguição religiosa em nível mundial (segundo a lista anual da Missão
Portas Abertas), a Igreja continua crescendo por lá. "A coisa da qual o
regime norte-coreano tem mais medo é a pregação do Evangelho", disse ele
na sexta-feira, durante a primeira Cúpula Mundial em Defesa dos Cristãos
Perseguidos em Washington (EUA). "O Evangelho nos diz a verdade. Quando a luz
brilha no quarto escuro, aquele quarto passa a ser iluminado". O
missionário explicou que apesar dos esforços do governo na Coreia do Norte, a
fé dos cristãos naquele país continua a crescer e se fortalecer. "Eles (o
governo) farão qualquer coisa para impedir a propagação do Evangelho na Coreia
do Norte. [Mas] como você pode ver, não é possível bloquear a luz do sol com a
nossa mão", disse Kim. A Missão Portas Abertas, uma organização que atende
aos cristãos perseguidos em mais de 60 países, classificou a Coréia do Norte
como "o lugar mais opressivo do mundo para os cristãos", em sua lista
mais recente, divulgada no início de 2017. "Os cristãos são forçados a
esconder completamente sua fé das autoridades governamentais, dos vizinhos e,
muitas vezes, até mesmo de seus próprios cônjuges e filhos. Devido à vigilância
sempre presente, muitos oram com os olhos abertos e as reuniões para cultos e a
prática da comunhão são praticamente impossíveis", explicou a organização.
"Todas as famílias cristãs são aprisionadas em campos de trabalho forçado,
onde morrem números desconhecidos a cada ano. Além de serem presos, muitos
também são torturados ou mortos nestes locais. Os que tentam fugir para a
Coreia do Sul através da China também correm o risco de serem executados ou
encarcerados, e aqueles que ficam para trás não costumam ficar em melhor
situação", acrescenta a organização. De acordo com o jornal 'The Sun',
Kim, de 41 anos, já foi cantor na antiga banda oficial do ditador norte-coreano
Kim Jong-il, mas se viu obrigado a fugir para salvar a própria vida, usando
apenas um par de calças, quando foi condenado aos 20 anos pelo regime totalitarista.
Ele chegou a ser recrutado como espião para os chineses, mas depois se
converteu ao cristianismo e tornou-se pastor e radialista na Coreia do Sul,
onde vive desde 2004. Kim pediu aos cristãos de todo o mundo que orem pelos
pela liberdade religiosa na Coreia do Norte. "Peço que todas as
comunidades cristãs internacionais orem para que os cristãos norte-coreanos
realmente se envolvam e ajudem a difundir o Evangelho, não só através das obras
das igrejas clandestinas, mas também através do governo e clamem pela liberdade
religiosa", disse Kim aos repórteres através de um tradutor, de acordo com
um relatório da CNA. O desertor explicou que o governo norte-coreano usa uma
rede de "fachadas" - a Associação Cristã da Coreia - para identificar
os cristãos no país, ao mesmo tempo retratando uma falsa narrativa sobre a
liberdade religiosa no país. Dos mais de 24,4 milhões de habitantes da Coréia
do Norte, apenas 300 mil se identificam como cristãos, segundo a Coreia do
Norte. Através de seu trabalho com a Companhia de Radiodifusão do Extremo
Oriente, Kim ajuda a a divulgar a mensagem do Evangelho, músicas cristãs e
notícias de todo o mundo para os norte-coreanos, através de pen-drives USB e
cartões de memória SD, de acordo com a CNA. "No entanto, o trabalho mais
importante é encher as mentes das pessoas da Coreia do Norte com a mensagem de
Jesus Cristo, porque a verdade os libertará", disse Kim à audiência na
sexta-feira. "Esta é a minha oração sincera... que a verdade vai libertar
cada um dos meus irmãos e irmãs da Coreia do Norte".
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