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MINISTÉRIO EM DEFESA DA FÉ APOSTÓLICA


PASTOR SERGIO LOURENÇO JUNIOR - REGISTRO CONSELHO DE PASTORES - CPESP - 2419

O OBREIRO APROVADO “ALÉM DISSO, O QUE SE REQUER DE TODOS AQUELES QUE TÊM ESSA RESPONSABILIDADE É QUE VIVAM FIELMENTE”. 1CO 4.2 KJV POR PAULO ULISSES

Em um mundo cada vez mais moderno, as “qualificações” para o pastorado tem se tornado um tema cada vez mais discutido. Com tantos cursos e especificações, com a diversidade de campos de atuação onde o pastor pode atuar, suas atribuições têm levantado grandes questionamentos. Afinal de contas, o que é requerido do obreiro? O que de fato caracteriza um ministro da Palavra de Deus? Em sua primeira carta a igreja de Corinto, o apóstolo Paulo fazendo uma abordagem sobre os ministros de Deus, escreve uma frase tremendamente significativa para essa discussão. Ele diz: “o que se requer de todos aqueles que têm essa responsabilidade é que vivam fielmente”. Uma pergunta se faz necessária diante dessa fala: vivam fielmente a que? O texto destaca a fidelidade como sendo uma das características de maior importância para o obreiro. Para responder a essa pergunta, usaremos uma lista de requisitos usadas pelo próprio apóstolo Paulo em sua primeira carta a Timóteo No verso primeiro, ele aponta para a excelência da obra do supervisor, ou episkopós, aquele que administraria a igreja de Deus. Diferentemente do que se poderia pensar, Paulo, adverte a Timóteo que se alguém busca servir a Cristo como obreiro da casa de Deus, ele não está buscando uma função depreciativa ou de menor valor. A obra de administração da casa de Deus é considerada excelente pelo apostolo não em si mesma, mas tendo em vista aquele a quem o obreiro irá servir, Cristo.A partir daqui o apostolo desenvolve uma série de requisitos indispensáveis na hora de avaliar um candidato ao sagrado ministério, e cada um deles deve ser observado com cautela, pois dada a imperatividade da ordem do apostolo, trata-se de uma função que exercerá influência sobre o povo, e como bem testemunhado por Paulo, a igreja pode ser facilmente enredada pelas heresias, se não houver uma liderança forte que as combata. Irrepreensível: Se olharmos esse requisito à luz do versículo 7, perceberemos que o apóstolo enfatiza que aquele será ministro na casa de Deus, deve não somente ter sua conduta atestada pelos de dentro, mas deve ter “bom testemunho dos de fora”. Não somente seu testemunho ilibado deve servir de exemplo para os a comunidade, como também, os ímpios não devem ter nada de que o acusar. Isso não implica dizer que o obreiro não peca, mas que ele tem um comportamento que contrasta notoriamente com o costume mudando. Além disso, a advertência é para que ele não caia nas armadilhas do diabo, provavelmente Paulo se refere à uma possível tentativa de que ele fosse pego em algum pecado e com isso fosse envergonhado, sendo bloqueado ou enlaçado em sua por sua má conduta. Marido de uma só mulher: A poligamia era considerada crime pelo estado romano, todavia, essa pratica ainda era praticada pela sociedade. Entretanto, não somente está sendo combatida a poligamia. Paulo estaria deixando de fora todos aqueles que praticam a infidelidade conjugal. Ou melhor, ele está estabelecendo, de forma positiva, e em caráter geral, a condição de que um candidato ao pastorado tem de ser “fiel à sua única mulher”, “um homem de inquestionável moralidade, alguém que seja verdadeira e fielmente devotado à sua única esposa”, ou “um homem que, tendo feito a aliança de um casamento monogâmico, seja fiel aos seus votos de casamento”[1]. Equilibrado, domínio próprio, não dado ao vinho: Esses adjetivos apontam para uma mesma qualidade que deve estar presente na vida dos obreiros da igreja de Cristo, eles devem ser homens capazes de se impor limites, comedidos, hábeis em refrear seus desejos em impulsos. Em contraposição a isso, ele dever ser amável, pacifico, não violento, hospitaleiro e capacitado para ensinar. Se por um lado ele deve ser disciplinado, essa disciplina deve redundar em demonstração de amor e afeto. No verso três é apresentado a antítese entre o apego ao vinho e ao dinheiro, e o amor e pacificidade. Esses elementos corroborativos da índole do obreiro, fere os princípios em que a sociedade da época de Paulo estava emergida. No cerne de uma sociedade altamente avarenta e alcoólatra, cujos os padrões morais giravam em torno de promiscuidade e perversão, o cristianismo através de seus líderes deveria refletir o caráter santo da pessoa de Cristo. A partir desses requisitos, percebemos que o apóstolo tem em mente que a igreja de fato deve ser sal e luz, e isso, sendo mais evidente na liderança. Ele deve ensinar com maestria as Escrituras. Aqui não somente está em riste a pregação fiel das Escrituras, como também a pregação com propriedade da mesma. O ministro deve conhecer bem a palavra Deus, para que possa ensinar com habilidade os estatutos do Criador. Governar bem sua própria casa: Mais uma vez a família do obreiro é enfatizada pelo apostolo como sendo alvo de atenção especial. Dessa vez não somente o governo do lar, que chama atenção para o bom funcionamento do mesmo através do sadio desempenho das funções de ambos os cônjuges, como também os filhos agora aparecem também compondo a lista de observações com vistas a aceitação de um homem como líder da igreja. Não somente ele deve possuir uma conduta impecável, mas também seus filhos, e para tal são destacados a obediência ou submissão e respeito. Todavia, o próprio Paulo faz aplicação deste verso, alegando que a negligência a esse requisito pelo obreiro, acarretará no mesmo descaso para com a igreja de Deus. A família aqui aparece como protótipo da relação do ministro com o corpo de Cristo, pois se não pode cuidar e zelar por sua esposa, exortando-a na palavra de Deus a cumprir seu papel de auxiliadora no lar, e não pode educar seus filhos na lei do Senhor sendo respeitáveis para com as autoridades instituídas por Deus sobre eles, tampouco este, conseguirá fazer com que a igreja trilhe os caminhos deixados por Cristo, e desta forma, está inapto a cuidar dos da casa do Senhor. Não deve ser recém convertido: Aqui a maturidade ganha destaque na fala do apóstolo Paulo. O obreiro não deve ser novo convertido, para que não caia na armadilha do diabo através da soberba. Comumente aqueles que se acham investido de certa autoridade, deixam que o poder lhes suba a cabeça, e acham que ocupam determinada posição por serem aptos em si mesmos a estarem ali. Esse não deve ser um sentimento presente no coração daquele que desempenha a liderança na igreja de Deus. É exigido do ministro certo tempo na fé, e como não se determina quanto tempo, logo é possível inquirir que deve-se esperar tempo suficiente para que a própria comunidade perceba a maturidade do indivíduo. Quanto aos diáconos, as mesmas considerações são reiteradas, com apenas dois acréscimos: que eles devem ser antes experimentados, ou seja, que sejam inseridos no oficio de forma probatória. Isso é colocado por Paulo devido ao caráter do diaconato. Diferentemente dos bispos e presbíteros que se ocupam diretamente com a liderança e ensino da igreja, os diáconos estão ligados ao serviço propriamente dito, principalmente a administração quanto as necessidades dos membros mais carentes da igreja (como por exemplo órfãos e viúvas). Como se trata de uma atividade que envolve o serviço em sua essência, eles devem ser testados com o fim de revelarem sua verdadeira intenção, e isso revela o segundo aspecto empregado aos diáconos; devem permanecer no ministério de consciência pura, ou por vontade própria. Se realmente o fazem por chamado. Se isso for verdadeiramente percebido, não tendo nada que os desabonem, devem ser integrados ao diaconato. A Escritura está repleta de requisitos que devem ser observados pela igreja quanto a candidatura de alguém ao sagrado ministério. Cada um desses requisitos não foi estabelecido com o fim de trazes algum mérito ou glória para aquele que o desempenha, mas para a proteção do povo de Deus contra lobos que se vestem em peles de cordeiros, e assim levam muitos ao erro. O quadro atual da igreja brasileira é um retrato do quanto deixamos de observar esses requisitos, elegendo homens que na verdade não tem qualquer compromisso com a pregação fiel da Palavra de Deus e injetam na igreja o veneno mortal das heresias de Satanás, como teologia da prosperidade, G12, judaísmos, misticismo, e etc. Que possamos recorrer as Escrituras com o objetivo de construirmos uma ótima bíblica sobre o que fato vem a ser o serviço da casa de Deus e um verdadeiro ministro do Reino, para que tenhamos igreja sadias e maduras, capazes de identificar homens hábeis a desempenhar seus papeis de liderança na igreja, visando a promoção da glória de Deus. Cristo triunfa! [1] STOTT, John – A mensagem de 1ª Timóteo e Tito : a vida da igreja local : a doutrina e o dever – São Paulo : ABU Editora, 2004 (A Bíblia fala hoje). Cap. 3. A supervisão pastoral, p. 93,94.

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