Header Ads

MINISTÉRIO EM DEFESA DA FÉ APOSTÓLICA


PASTOR SERGIO LOURENÇO JUNIOR - REGISTRO CONSELHO DE PASTORES - CPESP - 2419

O QUANTO O CIDADÃO NORTE-COREANO COMUM SABE SOBRE A SITUAÇÃO E SOBRE COMO OS EUA ESTÃO AUMENTANDO SUAS DEFESAS CONTRA O PAÍS?

A Coreia do Norte é um país bastante fechado onde as pessoas sabem apenas do que lhes é informado pelo governo. A narrativa do governo é de que o país está rodeado por inimigos com armas nucleares e que quer estar preparado para o combate. Por isso que Pyongyang buscar ter suas próprias armas nucleares e uma sociedade altamente militarizada. O tipo de retórica que parte da Coreia do Norte às vezes soa como paródia de um país paranoico. Mas o país realmente se vê ameaçado. É provavelmente o país mais isolado do mundo, com pouco amigos. Este é um regime que, apesar de poder construir mísseis, muitas vezes mal consegue alimentar seu povo. Qualquer solução de longo prazo para o problema da Coreia do Norte precisa, de alguma forma, compreender esta narrativa e garantir à população que o mundo não quer somente derrubar o regime do país. A chave para isso é clareza política por parte dos EUA, assim como a disposição de tentar encontrar incentivos para abrir algum tipo de diálogo diplomático com Pyongyang, ao mesmo tempo em que é enviada uma mensagem forte de dissuasão de uma escalada militar. Que tratados são válidos na península coreana? Alguém seria obrigado a agir em caso de conflito? Desde 1953, a Coreia do Sul tem um tratado de defesa mútua com os EUA, e Washington enviaria ajuda caso o país fosse ameaçado. Há cerca de 28,5 mil soldados americanos no país e aviões de guerra sofisticados sobrevoam o país regularmente. Também há o Tratado de Amizade, Cooperação e Ajuda Mútua entre a Coreia do Norte e a China, de 1961, que tem alguns elementos de defesa. Não fica claro, no entanto, se a China estaria disposta a ir à guerra para defender o regime norte-coreano, especialmente se ele der início a hostilidades contra o sul. Que chances a Coreia do Norte tem de se defender no caso de um possível ataque dos EUA e países aliados após mais um teste nuclear? Acredito que ainda estamos longe de um possível confronto militar. Dadas as capacidades militares e o preparo da Coreia do Norte, qualquer guerra que tivesse início agora teria consequências devastadoras para a Coreia do Sul. Seul, a capital sul-coreana, está facilmente ao alcance da artilharia de Pyongyang. As forças que os EUA enviaram até agora para a região - um grupo tático em um porta-aviões e um submarino equipado com mísseis de cruzeiro - mandam uma mensagem, mas ainda não é o suficiente para dizer que os americanos estão dispostos a considerar um conflito hostil de fato. É claro que, mesmo que a Coreia do Norte possa ter uma vantagem militar inicial, qualquer guerra faria com que o país enfrentasse a sofisticação tecnológica da máquina militar moderna dos EUA. O país asiático muito provavelmente perderia. Mas o nível de destruição, tanto na Coreia do Norte quanto na Coreia do Sul, seria imenso, e isso sem considerar a possibilidade de Pyongyang decidir utilizar seu relativamente pequeno arsenal nuclear. Se o sistema de defesa antimísseis Thaad (que os EUA posicionaram na Coreia do Sul) conseguir interceptar uma ogiva nuclear, o que acontece com o material físsil que está na ogiva? Ainda não é claro se a Coreia do Norte realmente tem ogivas nucleares pequenas o suficiente para colocar dentro de seus mísseis - que é o objetivo de seu programa nuclear. O sistema Thaad foi desenvolvido para interceptar mísseis durante sua fase final de voo, dentro ou perto da atmosfera terrestre, a cerca de 200 km. Especialistas acreditam que isso poderia mitigar o efeito de qualquer arma de destruição em massa, nuclear ou química. O sistema Thaad é mesmo eficiente? Se ele conseguir neutralizar os mísseis da Coreia do Norte, seria mais provável um cenário de guerra terrestre? O Thaad é um sistema que impressiona, mas não é um escudo completamente à prova de mísseis. Seu deslocamento para a fronteira entre as duas Coreias funciona como um sinal diplomático e uma precaução prática. Ele poderia, por exemplo, tentar interceptar qualquer míssil errante da Coreia do Norte que esteja indo em direção à Coreia do Sul. Mas, apesar de seu posicionamento na fronteira já ter começado, ainda não se sabe quando é que o sistema Thaad e seus radares poderosos estarão operacionais. Se a Coreia do Norte afundar um navio americano e os EUA retaliarem, qual é a chance de a China se envolver? Isso poderia significar uma guerra nuclear global? A China está ciente do aumento das tensões na região e está claramente interessada em reverter a crise. O governo americano, por sua vez, tenta usar a preocupação de Pequim a seu favor, para que a China influencie o comportamento de Pyongyang. A China está em uma posição difícil. O governo chinês não gosta muito do regime norte-coreano e de seu comportamento instável. Mas não quer ver este regime ser derrubado, em parte porque não ficaria satisfeito com uma Coreia unificada pelos EUA, mas também porque o colapso da Coreia do Norte poderia gerar uma onda de milhares de refugiados na China. Durante o último conflito coreano, nos anos 1950, a China ajudou ativamente a Coreia do Norte, mas, atualmente, não há indicações de que apoiaria o regime imprevisível de Pyongyang num futuro conflito.

Nenhum comentário

Tecnologia do Blogger.