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MINISTÉRIO EM DEFESA DA FÉ APOSTÓLICA


PASTOR SERGIO LOURENÇO JUNIOR - REGISTRO CONSELHO DE PASTORES - CPESP - 2419

OLHANDO PARA JESUS EM MEIO AO DESESPERO QUE NOS CERCA A VIDA, A PROSPERIDADE DO ÍMPIO E AS ONDAS QUE NOS AÇOITAM, É NECESSÁRIO QUE TENHAMOS UM FOCO: JESUS, NOSSO MESTRE. POR DANIEL RODRIGUES KINCHESCKI

“Olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus”. Hebreus 12.2 Quando um jovem faz 18 anos de idade surge nele um novo desejo: obter sua habilitação como motorista. Depois de preenchida a papelada e concluídas as aulas teóricas, vem o tão esperado momento de entrar no carro, girar as chaves e acelerar. Neste momento, entretanto, o professor lhe dá algumas instruções: “ponha o cinto de segurança”, “olhe os retrovisores”, “preste atenção à frente”, “olhe para um referencial”. Não sei se você já navegou, leitor, mas sei ser uma experiência e tanto. Entretanto, independente do tamanho da embarcação, desde “bateiras” a cruzeiros, algumas pessoas sofrem de enjoos terríveis, que lhes incomodam a viagem inteira. Nestes momentos é comum alguém dizer “foque os olhos no horizonte”, “olhe lá para frente”.Sei que parece um conjunto de exemplos sem sentido ou nexo, mas em ambos meu desejo é de tratar sobre um tema específico: a necessidade de termos um alvo, uma direção, um ponto referencial. Como já citei, esta necessidade é bem clara em nosso dia a dia, em nossas labutas diárias e cotidiano. Porém, tal qual na vida a “nível horizontal”, quando tratamos das “coisas do céu”, o “nível vertical”, essa premissa também é presente. Em primeiro lugar, porque esta dicotomia que citei serve apenas para fins “didáticos”. Nosso cristianismo não deve ser resumido apenas a uma busca etérea pelo céu ou vida futura ao lado do Pai, mas sim algo presente em todas as nossas atitudes e pensamentos. Em segundo lugar, porque nossa caminhada precisa ter um foco. Para isso, gostaria de citar mais dois exemplos, que creio serem suficientes para demonstrar meu pensamento sobre os perigos de tirarmos os olhos de nosso Foco. Trago, então, Asafe e Pedro. Quando Asafe olha para o ímpio Se voltarmos nossa atenção ao saltério, em especial para o Salmo 73, veremos uma declaração perturbadora de Asafe: ele olha para o ímpio, para sua prosperidade, e sente inveja. E quem, sob a ótica do salmista, não teria este sentimento? Como lemos nos versos iniciais, o ímpio não passa pelo sofrimento, não vê a dor, seu corpo é forte e vigoroso. Despreocupados, olham para suas riquezas que não deixam de crescer e até de Deus zombam, indagando se há como o Senhor lhes observar e ver. Asafe vê isso, sente o desespero no âmago da sua alma quando indaga ao Pai sobre o próprio sofrimento. “Todas as manhãs sou castigado”, afirma o salmista, “foi-me inútil manter puro o coração e lavar as mãos na inocência”, diz em outro verso. Logo no começo do salmo nós vemos o que esta mudança de foco causou no salmista: “Quanto a mim, os meus pés quase tropeçaram; por pouco não escorreguei”. Sl 73.2 Quando Asafe tira os olhos do Senhor e olha para a aparente vida tranquila daqueles que blasfemam contra Deus e vivem de maneira contrária à Lei do Criador, seus pés quase tropeçam. Ele quase abandona a fé. Entretanto, em meio a este desespero todo, o salmista consegue voltar sua atenção ao Todo Poderoso e nEle encontrar socorro. É precisamente o que nos narra no verso 17, “até que entrei no santuário de Deus, e então compreendi o destino dos ímpios”. Ao voltar o foco de seus olhos ao Criador, aí então seus pés são firmados na Rocha, sua fé é fortalecida, e sua certeza na providência divina é restabelecida. Sem medo, o salmista afirma que quando sentiu inveja dos ímpios, agiu como um animal: irracional, insensato, ignorante. Ele vê o fim do ímpio: a eternidade em sofrimento. Também, vê a Graça alcançando o justo: a eternidade ao lado do Pai. Do que adianta uma vida terrena cercada por riquezas, bens e prosperidade, mas longe do Criador, se o que de fato importa estará perdido? A clareza de seus pensamentos é demonstrada em um versículo especial, o de número 25, quando ele afirma que no céu tem apenas a Deus. E, se na verdade O tem nos céus, o que mais poderia desejar na terra? “Deus é tudo o que preciso”, declara. Quando Pedro cai sobre as águas Sobre Pedro, desejo tratar de uma passagem muito conhecida. Encontramos estes versículos no evangelho segundo escreveu Mateus, no capítulo 14. “Jesus, porém, lhes falou logo, dizendo: Tende bom ânimo, sou eu, não temais. E respondeu-lhe Pedro, e disse: Senhor, se és tu, manda-me ir ter contigo por cima das águas. E ele disse: Vem. E Pedro, descendo do barco, andou sobre as águas para ir ter com Jesus. Mas, sentindo o vento forte, teve medo; e, começando a ir para o fundo, clamou, dizendo: Senhor, salva-me! E logo Jesus, estendendo a mão, segurou-o, e disse-lhe: Homem de pouca fé, por que duvidaste?” Mt 14.27-31 Neste episódio encontramos Cristo andando sobre as águas. Nosso Senhor tinha acabado de alimentar uma multidão, multiplicando peixes e pães, e retirando-se à parte decidiu orar. Para isso, mandou que seus discípulos fossem à frente. Dado momento, durante a madrugada, com o barco em alto mar, uma tempestade lhes aflige, as ondas balançam a embarcação e o vento lhe açoita a paz. Cercados pelo desespero, veem o que lhes parece ser um fantasma. Cristo, então, ouvindo os gritos de seus discípulos e vendo sua fé ser tomada pelo medo, lhes tranquiliza identificando-Se. É neste momento em que Pedro fixa seu foco no Senhor. No Salvador. Sob o mandar de Jesus, Pedro salta do barco ao mar e, ao inveś de nadar, ele caminha. Milagre! Apenas o poder sobrenatural do Criador é capaz de permitir algo como isso. No decorrer de sua caminhada aos braços de Jesus, entretanto, Pedro perde o foco. A Palavra nos conta que o apóstolo sente o vento forte e teme. Este temor afasta seus olhos, sua fé, do Foco. Ele começa a afundar. No estopim do desespero, clama por Cristo e pelo Senhor é salvo. Em meio ao pavor de morrer, o discípulo lembra de quem É o seu referencial. E quanto a nós? Usei quatro exemplos neste texto para tentar demonstrar que sentimos a necessidade de ter um foco para nossas vidas. E, tal como nos dois último que utilizei, o nosso foco é o mesmo: o Senhor. No versículo de abertura deste texto o autor de Hebreus deixa claro quem deve ser o foco de nossas vidas, “olhando para Jesus, autor e consumador da fé”. Talvez, como Asafe, olhemos em dado momento para a prosperidade do ímpio, e que um sentimento de inveja e abandono por parte do Pai nos tome o peito. É possível que vejamos nossos conhecidos, aqueles não professam a fé no Salvador, obtendo lucro, crescendo profissionalmente e tendo uma vida tranquila, aparentemente em paz. Entretanto, que consigamos fazer o mesmo que o salmista: reconhecer nossa insensatez neste sentimento de inveja que brota no coração e ver que o Senhor é nossa necessidade. Se temos a Deus, o que poderia nos faltar? Ainda, quem sabe as circunstâncias da vida nos atribulem ao ponto de nos fazer tropeçar na caminhada, e tal como no caso de Pedro o vento, as ondas, os problemas façam com que nosso referencial deixe de ser Cristo. Que, neste momento, consigamos nos lembrar do que escreve o autor da carta aos Hebreus: olhando para Jesus. Independente do que passamos em nossas vidas, que Cristo seja o nosso alvo, nosso foco, nosso referencial. Que Ele seja nosso padrão, nosso galardão. Minha oração, querido leitor, é que você lembre disso em sua caminhada. Que venham os sentimentos contrários, que venham as ondas, o vendaval e as tempestades da vida, mas que seus olhos estejam sempre cravados em Jesus, que lhe deu a fé e é quem completa, termina. Sob a Graça, Daniel Rodrigues Kinchescki

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