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MINISTÉRIO EM DEFESA DA FÉ APOSTÓLICA


PASTOR SERGIO LOURENÇO JUNIOR - REGISTRO CONSELHO DE PASTORES - CPESP - 2419

BANCADA EVANGÉLICA APOSTA EM “DISTRITÃO” PARA CRESCER MUDANÇA NO SISTEMA ELEITORAL AJUDARIA CANDIDATOS COM BASE JÁ FORMADA

As pretensões da bancada evangélica de consolidar suas pautas aumentam a cada eleição. Para 2018, o número de deputados e senadores ligados a igrejas poderá crescer por conta da provável aprovação do chamado “distritão”. Embora os números sejam divergentes, com alguns deputados tendo abandonado o bloco nos últimos anos, ele tinha em 1994 21 membros, quadruplicou, chegando a cerca de 85 (16,5%) dos 513 deputados atuais. O atual presidente da Frente Parlamentar Evangélica, pastor Hidekazu Takayama (PSC-/PR), admite que a meta é superar os 20% da Casa (103 deputados). Um dos fatores que pode ajudá-los a conseguir isso é a aprovação das novas regras eleitorais, que suprimem o sistema proporcional vigente.Com ou sem “distritão”, um aumento já era esperado para o ano que vem, acompanhando o crescimento desse segmento da população brasileira (menos de 10% no começo dos anos 1990 para 30% hoje). “A maior parcela [dos deputados evangélicos] prefere o ‘distritão'”, assegura Takayama à Folha de São Paulo. Também é favorável à mudança o ex-deputado Robson Rodovalho, bispo da Sara Nossa Terra, que acredita que no sistema atual “a galera suja entra com pouco voto”. Ecoa esse discurso o presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Vida e da Família, pastor Alan Rick (PRB-AC), para quem essa proposta “favorece o fortalecimento da representatividade popular”. Contudo, a ideia não encontra unanimidade entre o segmento. O deputado federal Ronaldo Fonseca (Pros/DF), que trabalha pela criação do Partido Republicano Cristão, e o Pastor Everaldo, presidente do Partido Social Cristão (PSC), entendem que o “distritão” não teria grande impacto no bloco evangélico. Seguem o raciocínio do pastor Silas Malafaia: “O evangélico que é popular não depende do ‘distritão’. Para ele tanto faz, vai entrar de qualquer jeito”. Dá seu irmão de exemplo: Samuel Malafaia (PSD) foi o quarto deputado estadual mais votado no Rio. Atualmente, todo voto em um candidato também conta para o partido ou a coligação. Surgem assim os “puxadores de votos”, como Tiririca que, por causa do grande número de votos, ajudam a eleger outros que não receberam votação expressiva. Essa nova fórmula serviria para eleger ao Congresso quem tiver melhor desempenho nas urnas. Isso provavelmente manteria o cargo dos políticos que são bem conhecidos do público e abrirá caminho para a eleição de personalidades e quem possui forte apoio popular, como é o caso de muitos líderes religiosos. O professor de sociologia da USP Ricardo Mariano assevera que “os evangélicos levariam vantagem por serem conhecidos –incluindo aí as celebridades gospel e os televangelistas –, disporem de muitos recursos financeiros, de acesso facilitado a mídias eletrônicas”, fora que não são poucos os pastores capazes de “influenciar o voto de parte de seus adeptos”. O jornalista Janio Freitas, especializado em política, escreveu em sua coluna na Folha de São Paulo: “os evangélicos recebem as condições para compor, também na Câmara, a bancada mais poderosa como número de votos unificados. A mais propensa força a definir votações, portanto”. STE contra os pastores Por conta desse raciocínio, o presidente do Superior Tribunal Eleitoral (STE), Gilmar Mendes, já declarou que os magistrados estão estudando uma cláusula que impediria o uso do poder econômico e a influência das igrejas nas eleições. Comentando a decisão do Supremo Tribunal Federal em vetar doações empresariais, Mendes foi incisivo: “hoje quem tem dinheiro? As igrejas. Além do poder de persuasão. O cidadão reúne 100 mil pessoas num lugar e diz ‘meu candidato é esse’. […] Se disser que agora o caminho para o céu passa pela doação de R$ 100?”.
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