CRESCIMENTO DE BOLSONARO MOSTRA QUE SER DE DIREITA NÃO É MAIS PECADO
Houve um tempo (não muito distante) que um candidato se dizer de direita, no Brasil, equivalia a entrar na fila mais próxima para o desterro.
Nem Fernando Collor ousou. Geraldo Alckmin pagou todos os pecados, em 2006, quando recebeu a pecha de privatista.
Os dias são outros, mas alguns políticos continuam fugindo do rótulo. Vejamos João Doria. O discurso e as ações podem ser de direita, mas ele garantiu, hoje, em Belém, que sempre foi de centro.
O mais interessante é que ser de direita, atualmente, não deveria provocar tanta comoção. A última pesquisa do Datafolha mostrou que quem se declara de direita ou centro-direita representa 36% do eleitorado. Na outra ponta, 22%. Bolsonaro surfa sozinho no primeiro grupo, enquanto o campo da esquerda é disputado por Lula, Ciro Gomes, Marina Silva e alguém do PSOL. E, sem partido, Joaquim Barbosa.
No centro, onde estão 29% do eleitorado, temos Geraldo Alckmin, Álvaro Dias, Rodrigo Maia, Henrique Meireles e o centrista radical João Doria. Se Luciano Huck entrar, também vai ficar por aí.
A numeralha acima não é a única explicação para o fenômeno Jair Bolsonaro, mas ajuda a compreender melhor o que se passa.
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