PRAGAS, MILAGRES E PRINCÍPIOS DE LIBERTAÇÃO ESTUDANDO A BÍBLIA DE FORMA EFICIENTE - REALIZAÇÃO: MINISTÉRIO CORPORATIVO INTERNACIONAL - MINISTÉRIO EM DEFESA DA FÉ APOSTÓLICA E CENTRO DE FORMAÇÃO APOSTÓLICA
Agora eu gostaria de enfocar a história de libertação retratada no Livro de Êxodo. Como já mencionei, a palavra “libertação” é sinônimo de “salvação”. Quando estudamos no Livro de Êxodo a questão da libertação e da salvação que o povo escolhido, conhecemos a manifestação do poder de Deus. Nunca existiu antes nem hoje existe, salvação alguma sem a intervenção do poder de Deus. É a atuação peculiar e única desse poder que começou com as dez pragas, que nós vemos em ação no Livro de Êxodo.
As Dez Pragas
A verdade contida na ilustração das dez pragas está presente em toda a Bíblia, do Gênesis ao Apocalipse. Em 1 João 4:4 essa verdade é expressa da seguinte maneira: “maior é aquele que está em vós do que aquele que está no mundo”. Esta é a aplicação que tiramos para nossas vidas da história das dez pragas.
Em Êxodo 5:1, Moisés e Arão fazem o primeiro apelo a Faraó para que deixe o povo de Israel sair do Egito: “Assim diz o Senhor, Deus de Israel: Deixa ir o meu povo, para que me celebre uma festa no deserto”. Mas Faraó os ignorou; atender àquele pedido não estava nos seus propósitos e não ia lhe trazer nenhuma vantagem. As razões apresentadas por Moisés e Arão não faziam sentido para Faraó.
Temos nessa história o que chamamos de “Princípios para
Libertação” do poder do pecado e do mal. Quando Moisés exige a libertação do povo de Deus e Faraó se recusa a deixá-lo ir, as pragas começam a se manifestar, uma após outra, até que Faraó se rende ao poder de Deus. Observemos o diálogo entre Faraó e Moisés. A maioria dos teólogos concorda entre si quando afirmam que Moisés, como libertador, é uma figura de Jesus Cristo e Faraó é uma figura de Satanás, a personificação do mal. Se tivermos entendimento dessa dinâmica entre Moisés e Faraó, entenderemos a dinâmica que existe entre Cristo e Satanás, para a nossa salvação e libertação.
Vejamos por exemplo, em Êxodo 8:25 a proposta que Faraó faz a Moisés quando este exige que os filhos de Israel tenham permissão para sair e sacrificar ao seu Deus: “Ide, oferecei sacrifícios ao vosso Deus nesta terra”. Quer dizer: “Vocês podem oferecer sacrifícios, mas aqui no Egito!”.
Depois de mais algumas pragas, Faraó concorda em deixar o povo ir para realizar suas cerimônias religiosas, mas ele insiste numa coisa: “Deixar-vos-ei ir ...somente que, saindo, não vades muito longe” (Ex 8:28). Essa é a pressão que um novo convertido sofre: “Tudo bem, você quer ser crente agora, mas espero que você não se torne um desses fanáticos. Isso quer dizer: espero que você não vá muito longe nisso, que não leve tão a sério”.
Em Êxodo 10:8-10 temos o relato da oitava praga e como Faraó começa a ceder. Ele permitiria que o povo fosse, mas os israelitas deveriam deixar seus filhos no Egito. Quando Satanás não consegue prejudicar nosso compromisso com Deus, ele tenta pegar
nossos filhos. É impressionante como muitas pessoas abraçam a fé, mas “deixam seus filhos no Egito”.
Depois de mais algumas pragas, Faraó permitiu que o povo saísse, mas os seus rebanhos deveriam ficar no Egito (Cf. Ex 10:24). Essa é a sugestão do diabo de não trazermos nossas riquezas quando nos decidimos pela fé em Cristo.
Creio que essa seja uma estratégia de Satanás, personificado em Faraó no livro de Êxodo. O primeiro princípio de libertação é: nunca, nunca e nunca faça nenhum acordo com o diabo. Não deixe que o diabo o tente a permanecer no Egito, isto é, no mundo, nem a ter uma fé apática ou ainda a deixar seus filhos, ou seus bens no Egito. Não aceite nada disso!
Os milagres
Mas qual é a saída para quem está preso no pecado, como tantos estão? Segundo o Livro de Êxodo, para sair da escravidão e das prisões do pecado você precisa de milagres simbolizados pela Páscoa e pela travessia do Mar Vermelho. Esses acontecimentos representam a libertação total dos filhos de Israel do poder de Faraó.
A última praga é a expressão da ira de Deus. Ela tira a vida de todos os primogênitos do Egito. O povo escolhido de Deus presenciou a primeira Páscoa, e viu a ira de Deus passar sobre ele e não os alcançar. Jesus mostrou a relação entre essa Páscoa e nossa salvação, quando disse aos apóstolos que Sua morte na cruz era o cumprimento de tudo o que representava a Páscoa (cf. Lucas 22:16).
Quando acompanhamos os diálogo entre Moisés e Faraó, vemos que Faraó não tinha nenhuma intenção de deixar os filhos de Israel saírem do Egito; ele muda de idéia várias vezes. Uma hora dizia que podiam ir e outra hora dizia que não. Mesmo depois de libertá-los definitivamente, Faraó ainda mudou de idéia mais uma vez e quando o povo de Deus chegou ao Mar Vermelho, Faraó reúne o seu exército dando a impressão, de que saía para exterminar todo o povo. Nesse momento os filhos de Israel precisavam de um milagre.
Moisés faz o que Deus o mandou fazer e o resto da história todos nós conhecemos: as águas se dividiram ao meio formando dois grandes muros e os filhos de Israel marcharam entre eles sobre terra seca. Quando os egípcios tentaram perseguí-los, os muros de água ruíram e o exército egípcio ficou submerso (Cf. Ex 14:21-28).
Quando você estuda o Velho Testamento tem de decidir se acredita ou não no sobrenatural e em milagres. Eu creio em milagres e creio em tudo o que está escrito sobre a saída do povo israelita do Egito. Creio que aconteceu exatamente como foi relatado. E creio também que essa história é uma figura da nossa salvação. É necessário um milagre de Deus para que você e eu sejamos salvos. É por isso que os milagres da Páscoa e da travessia do Mar Vermelho são uma ilustração para nós.
Depois que os filhos de Israel passaram pelo Mar Vermelho e chegaram no deserto, enfrentaram um problema novo e muito sério. O que toda aquela gente ia comer e beber no meio do nada? Cerca de
dois ou três milhões de pessoas precisavam de alimento e água e Moisés não tinha idéia do que faria. Mas Deus tinha.
Deus atende as necessidades dos filhos de Israel com outro milagre. Um dia, quando eles se levantaram pela manhã, havia uma substância branca espalhada no chão. Eles começaram a indagar: “O que é isso?” Sabe como se diz “o que é isso?” em hebraico? “Maná”. E foi esse o nome que deram àquela substância. A partir daquele dia, todas as manhãs, eles encontravam o maná no chão.
O alimento que Deus providenciou para os filhos de Israel satisfazia todas as suas necessidades nutricionais. Aquele povo se alimentou com aquela substância durante quarenta anos. Qual é a fonte do seu sustento? Você confia na economia do seu país? Na sua capacidade para trabalhar e conseguir tudo o de que precisa? A verdadeira fonte de tudo o que precisamos é Deus. Quando olhamos para Ele, ele nos dá tudo de que precisamos, quando precisamos. Eles tinham que juntar o maná todos os dias. O maná simbolizou o ensino de Jesus que pedimos a Deus: “o pão de cada dia nos dá hoje”. Quando agradecemos a Deus pelo alimento, estamos reconhecendo que Deus é a fonte dele e de tudo o que necessitamos. A provisão de Deus para os filhos de Israel durante os quarenta anos de caminhada no deserto serve para nos lembrar da provisão que Ele nos dá.
Nossa Libertação
Também encontramos no Livro de Êxodo a base para nossa salvação e a mais importante forma de adoração. O sacramento
instituído durante a libertação dos filhos de Israel tornou-se o sacramento da nossa salvação. O povo de Deus foi instruído a sacrificar um cordeiro e espargir o seu sangue nos umbrais da porta de suas casas, representando o sangue de Cristo que faz com que a ira de Deus passe por sobre nós, sem nos atingir. Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus, foi sacrificado por nós e é o Seu sangue que nos salva. Jesus Cristo foi o Cordeiro de Deus ilustrado no cordeiro da primeira páscoa.
Minha oração é que na sua leitura do Livro de Êxodo você veja que os milagres que libertaram os israelitas são uma figura dos mesmos milagres que nos salvam hoje.
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