CONTRA ‘CHARLIE HEBDO': 7 IGREJAS CRISTÃS SÃO INCENDIADAS NO NÍGER
Os
protestos em Niamey contra a charge do profeta Maomé publicada pela revista
satírica francesa ‘Charlie Hebdo’ deixaram ao menos sete igrejas incendiadas
neste sábado (17) na capital nigerina, onde as manifestações se estendem a
novos bairros da capital, constatou a agência de notícias France Presse (AFP). Os
sete locais de culto, em sua maioria igrejas protestantes e algumas delas sem
sinais religiosos visíveis no exterior, foram incendiadas no sul de Niamey,
indicou um jornalista da AFP, que viu os manifestantes se dirigirem à parte
central e norte da capital, onde há mais igrejas. Cinco pessoas haviam morrido
até sábado em Niamei, capital do Níger, nos violentos protestos contra a
charge, segundo o presidente nigerino, Mahamadou Issoufou. Marchas pacíficas
ocorreram após as orações de sexta-feira nas capitais de outros países do oeste
africano – Mali, Senegal e Mauritânia – e Argélia no norte da África, que são
também ex-colônias francesas. Em Argel, vários policiais ficaram feridos em
confrontos com manifestantes revoltados com as charges. Revista francesa: A
capa da última edição da Charlie Hebdo traz uma charge em que Maomé segura um
cartaz em que se lê “Eu sou Charlie”. Sete milhões de novas cópias estão sendo
impressas depois que os 60 mil exemplares originais da edição se esgotaram nas
bancas. Muitos muçulmanos consideram como uma ofensa a retratação do profeta
muçulmano. Também houve protestos contra a revista no Paquistão, no Sudão, na
Algéria e na Somália. ‘Deus é grande’ No Niger, uma ex-colônia francesa,
centenas de pessoas se reuniram nas ruas gritando “Deus é grande” em árabe. Na
sexta-feira, manifestantes depredaram lojas administradas por cristãos em
Zinder, no sul do país. Ainda houve ataques a um centro cultural francês.
Segundo seu diretor, Kaoumi Bawa, cerca de 50 pessoas derrubaram a porta do
edifício e incendiaram seu café, a biblioteca e escritórios.
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