MORTE DE CRISTÃS REFLETE A VULNERABILIDADE DAS MINORIAS EM MIANMAR 25º PAÍS NA CLASSIFICAÇÃO DA PERSEGUIÇÃO RELIGIOSA, MIANMAR CONTINUA ENTRE OS DEZ PAÍSES MAIS VIOLENTOS PARA OS CRISTÃOS. A MAIORIA DOS CRISTÃOS VEM DE UMA MINORIA ÉTNICA E OS POUCOS CONVERTIDOS DE ORIGEM MUÇULMANA ENFRENTAM PRESSÃO DE TODOS OS LADOS
Segundo informou a organização
Christian Solidarity Worldwide (CSW, sigla em inglês) na noite de 19 de
janeiro, duas mulheres do estado de Kachin, em Mianmar, foram brutalmente
abusadas e assassinadas dentro da igreja onde lecionavam. A CSW apresentou uma
apelação ao governo local para que ofensivas dessa natureza – comum em áreas
étnicas – sejam interrompidas imediatamente e os autores da violência sexual
sejam levados à justiça. As duas mulheres, Maran Lu Ra, de 20 anos e Tangbau
Hkawn Nan Tsin, 21 anos, eram professoras de Myitkyina, e trabalhavam na
Convenção Batista de Kachin. Elas foram atacadas na madrugada de 19 para 20 de
janeiro por soldados do Exército de Mianmar, na vila Kawng Hka Shabuk, no norte
do estado de Shan. De acordo com fontes da CSW, "tropas do Exército de
Mianmar entraram na base da igreja onde as mulheres estavam dormindo e as
atacaram. Moradores próximos ouviram as meninas gritando e, quando foram
verificar, viram os corpos de ambas. Membros da igreja foram à delegacia
responsável pela área, mas a polícia não tomou nenhuma ação". Uma
associação que trabalha com os direitos das mulheres na região (The Kachin
Women’s Association Thailand - KWAT) já documentou mais de 70 casos de
violência sexual promovida por tropas do Exército de Mianmar em Kachin e outros
locais do norte de Shan. A organização Women’s League of Burma publicou um novo
relatório, referente ao ano passado, intitulado Se elas tivessem esperança, que
documenta 118 casos de violência sexual pelo exército desde 2010. O governo de
Mianmar assinou a Declaração pelo Fim da Violência Sexual em Conflitos, no ano
passado, mas não foi capaz de aplicar as suas disposições. Não obstante,
relatórios mostram que o exército tem como alvo as igrejas que servem como
refúgio para deslocados dos conflitos entre oficiais e movimentos de
independência ou autonomia. Ore pela comunidade cristã que sobrevive no país e,
por meio da sua intercessão, é encorajada diariamente para que permaneça firme
na fé.
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