segunda-feira, 5 de março de 2018

GÊNESIS - CAPÍTULO 31 - ESTUDANDO A BÍBLIA DE FORMA EFICIENTE - REALIZAÇÃO: CANAL DA BÍBLIA - MINISTÉRIO EM DEFESA DA FÉ APOSTÓLICA E CENTRO DE FORMAÇÃO APOSTÓLICA

GÊNESIS - CAPÍTULO 7  - ESTUDANDO A BÍBLIA DE FORMA EFICIENTE - REALIZAÇÃO: CANAL DA BÍBLIA - MINISTÉRIO EM DEFESA DA FÉ APOSTÓLICA E CENTRO DE FORMAÇÃO APOSTÓLICACom inveja da prosperidade de Jacó, os filhos de Labão o acusaram de ser desonesto. 31.2 — Viu também Jacó o rosto de Iuibão, e eis que não era para com ele como dantes. Jacó percebeu que o sogro já não era mais o mesmo com ele. 31.3-6 — Deus repetiu as promessas que fizera a Jacó em Betei. Ele disse a Jacó que estaria com ele quando este retornasse à casa de seus parentes. Esta promessa — eu serei contigo — está relacionada ao nome de Deus, Yahweh (Ex 3.12,14). Os versículos 11-13 descrevem esta revelação. 31.7 — Jacó lembrou aos filhos de Labão: vosso pai me enganou e mudou o salário dez vezes; porém Deus não lhe permitiu que me fizesse mal. Labão estava fazendo Jacó de tolo. Ele sempre mudava o salário, de acordo com sua conveniência. Deus, porém, favorecia Jacó a cada mudança, não permitindo que este fosse lesado pelo sogro (compare com Gn 29.29). 31.8 — Labão fazia e desfazia os acordos à medida que olhava os tipos de animais que nasciam. Mas, a cada novo trato, Deus aumentava o rebanho de Jacó. 31.9-11 — O Anjo de Deus equivale ao Anjo da genuína divindade. Deus se revelou a Jacó em sonho (Gn 28.13-17;32.22-30). Deus chamou Jacó pelo nome, que significa Ele [o Senhor] vence. No passado, Jacó alcançou aquilo que almejava [a bênção de Isaque] enganando o pai, fingindo ser Esaú. Contudo, Jacó conseguiu uma grande prosperidade porque Deus abençoou o trabalho honesto dele. O Senhor venceu! Mesmo que o nome Jacó seja mudado para Israel em Génesis 32.28, ele continuará a ser um termo que indica a obra de Deus na vida do filho de Isaque (Gn 46.2; SI 114.7). 31.12,13 — O Senhor se identificou como o mesmo Deus que se revelara a Jacó em Betei (Gn 28.10-19). 31.14 — Raquel e Léia concordaram que era adequado deixar a casa de seu pai, apesar das amarras culturais que, em outra situação, fariam com que elas continuassem integrando o clã de Labão (Gn 30.26). 31.15 — Ambas as filhas se ressentiam da maneira como o pai as vendera (Gn 29.15). Além disso, elas tinham plena certeza de que tudo o que Deus havia tirado de Labão pertencia a elas por direito. 31.16-19 — Tendo em vista que Raquel furtou imagens de ídolos do pai, a família de Labão, embora cresse no Deus de Abraão, era politeísta (admitia muitos deuses). Naquela cultura, a posse dos ídolos do clã assegurava à pessoa direitos como herdeiro principal. Raquel provavelmente não roubou tais imagens a fim de adorar tais ídolos, mas sim para assegurar para Jacó [ou José] os direitos como principal herdeiro de Labão. No entanto, a bênção de Deus era mais importante para Jacó do que qualquer privilégio decorrente do fato de ele ser considerado herdeiro de Labão. 31.20,21 — Neste contexto, quando o nome de um rio não é mencionado, geralmente é o Eufrates. Jacó estava prestes a repetir a viagem que fizeram o seu avô e a sua avó anos antes. Como Abrão e Sarai (Gn 12.1 -4), ele também rumava para Canaã. 31.22-25 — Veio, porém, Deus. Que expressão maravilhosa! O homem faz o que é capaz de fazer. Deus, porém, estando sempre no controle de tudo, pode intervir a qualquer momento, e realizar o impossível. Como é dito popularmente, “o homem põe, mas Deus dispõe”. Isso quer dizer que o ser humano planeja, mas Deus intervém, e responde segundo a Sua vontade. O termo descritivo para Labão, o arameu (v. 24), é interessante. A palavra arameu (ou sírio) lembra-nos de que, embora Labão, suas filhas e Jacó formassem uma família, Labão não fazia parte da linhagem de Abraão nem da aliança divina. Veio, porém, Deus a Labão, o arameu, em sonhos. De tempos em tempos, Deus avisava a algumas pessoas que não prejudicassem Seu povo. (Leia sobre o sonho de Abimeleque em Gênesis 20.3,6 e sobre o encontro de Deus com Balaão em Génesis 22.12,20.) 31.26,27 — Labão acusou Jacó de ter partido subitamente e ter raptado Léia e Raquel como se fossem prisioneiras (nvi) . Tudo o que Labão falava era blefe, e Jacó sabia disso. 31.28 — Quando Labão disse que Jacó agiu loucamente, conferiu às suas palavras um tom de ameaça, o que novamente nos mostra duplicidade na fala do sogro de Jacó. 31.29 — Labão revelou: O Deus de vosso pai me falou ontem à noite, dizendo: Guarda-te, que não fales a Jacó nem bem nem mal. Foi a advertência divina que refreou a raiva de Labão. 31.30 — A principal acusação de Labão contra Jacó foi a de que este havia roubado os ídolos. Labão precisava dessas imagens para proteger a herança de seus filhos. 31.31,32 — Jacó explicou que havia deixado a casa em silêncio por causa do medo de que Labão não permitisse que ele fosse embora com a sua família, e não porque havia roubado algo. 31.33 — Labão, certo de que Jacó roubara seus ídolos, começou a procurá-los na tenda deste. Por último, entrou na tenda de Raquel. Podemos observar que cada pessoa tinha a sua própria tenda, uma prova de que Jacó era muito rico. 31.34,35 — Raquel escondeu os ídolos dentro da sela do camelo e sentou-se em cima dela enquanto seu pai fazia a busca pela tenda. Labão não pôde pedir a Raquel que se levantasse porque os homens deveriam respeitar uma mulher que estivesse no período menstrual. 31.36 — Então, irou-se Jacó e contendeu com Labão. E respondeu Jacó e disse a Labão: Qual é a minha transgressão? Qual é o meu pecado, que tão furiosamente me tens perseguido. Jacó, indignado, declarou a sua raiva por causa das atitudes de Labão. A palavra traduzida como transgressão (hb. pesha') significa ultrapassar limites. Já o termo pecado (hb. hatta't) quer dizer errar um alvo (como acontece às vezes com um arqueiro). Estas palavras são mais usadas para ações contra Deus do que contra homens. 31.37 — Põe-no aqui diante dos meus irmãos e teus irmãos; e que julguem entre nós ambos. Jacó também era influente. Labão foi humilhado diante de seus servos. Sua atitude em interceptar Jacó e acusá-lo tinha de ser contida. 31.38 — Jacó, por causa de suas duas esposas, serviu a Labão por 14 anos (Gn 29.15-30). Depois disso, ele trabalhou por mais seis anos apascentando os rebanhos do sogro (v. 41), os quais nunca abortaram. Aqui Jacó fala de suas habilidades ao lidar com os animais de Labão. Isso por causa da bênção de Deus. 31.39-41 — Jacó sempre foi honesto com Labão. Por isso, não achava justo que o sogro o acusasse de qualquer delito. Além disso, Jacó fez menção às mudanças de salário que Labão determinava para ele. 31.42 — O Temor de Isaque: esse modo de referir-se ao Senhor alude ao fato de que Isaque temia a Deus, de forma respeitosa (SI 119.120). Deus atendeu à minha aflição e ao trabalho das minhas mãos e repreendeu-te ontem à noite. Talvez Jacó já soubesse que Deus tinha falado com Labão em sonho, antes de este declarar. 31.43 — Labão considerava os filhos de Jacó uma extensão de sua própria família, da qual ele se via como o patriarca. 31.44 — O concerto feito nessa situação era um trato entre duas partes iguais. A palavra testemunho se refere a uma lembrança permanente de um pacto importante ou a um depoimento que poderia ser usado em um tribunal. 31.45,46 — Jacó, pela segunda vez, usou uma pedra como coluna, ou seja, como um memorial. Em Betei, no caminho para Harã, ele o fizera para marcar o lugar onde Deus havia falado com ele (Gn 28.18). Pouco tempo depois, o patriarca erigiria outra coluna em Betei (Gn 35.14). Além do pilar, Jacó e seus irmãos construíram um monte de pedras (v. 51 nvi) . Para selar o acordo, os homens realizaram uma refeição ao lado desse monte (Gn 26.30). Nesta ocasião, Jacó e Labão comeram partes dos animais que foram sacrifica- dos para selar o trato. 31.47,48 — Labão chamou o monte de pedras de Jegar-Saaduta, uma expressão em aramaico. Jacó, porém, nomeou o lugar de Galeede, uma palavra hebraica. [Tanto Jegar-Saaduta como Galeede significam monte de pedras do testemunho.] Isto é absolutamente extraordinário. A expressão que Labão usou é a única em aramaico no livro de Génesis. Além disso, mesmo sendo uma situação bastante séria, podemos considerar no mínimo curioso o fato de dois homens que estão concordando darem nomes diferentes ao lugar e aos símbolos do acordo (uma coluna [v. 45], e um montão [v. 48]). Eles estavam mesmo em condições de concordar em alguma coisa? 31.49 — Mispa significa torre de vigia e relaciona-se com a palavra hebraica que quer dizer observar. Deus mantinha Seus olhos fixos nos homens, para fazer com que eles honrassem o acordo. 31.50 — É difícil entender o que se passava na mente de Labão. Neste versículo, ele parece mostrar muita preocupação com o bem-estar de suas filhas. Em outros momentos, ele demonstra não se importar nem um pouco com elas [quer apenas usá-las para beneficiar-se]. Aqui não parece diferente. Labão evoca Deus como testemunha do acordo selado com Jacó. Este é o ponto crucial do versículo. Eles, por si só, não poderiam vigiar um ao outro, mas o Senhor estaria observando ambos. 31.51,52 — O montão e a coluna (v. 45-48) eram lembretes do pacto entre Jacó e Labão. Nenhum dos dois poderia ultrapassar esses marcos e atravessar para o lado oposto com o objetivo de prejudicar o outro. 31.53 — As palavras do juramento de Labão indicam que Abraão, Naor e Terá adoravam o Deus de Abraão. Provavelmente, a família acreditava no Senhor como o único Deus que estava acima de todas as outras coisas, o que configura a prática do monoteísmo. (Contudo, leia a passagem indicando que Terá também era politeísta em Js 24.1-3.) 31.54,55 — E sacrificou Jacó um sacrifício na montanha. Em Gênesis, este é o único registro de Jacó oferecendo um sacrifício em adoração (com- pare com Gn 12.7,8; 22.13). E convidou seus irmãos para comerem pão; e comeram pão e passaram a noite na montanha. O ato de fazer uma refeição juntos selava um acordo (Gn 26.30).

Nenhum comentário

Postar um comentário

Tecnologia do Blogger.