PESQUISADORES ENCONTRAM A CÓPIA MAIS ANTIGA DO EVANGELHO DE MARCOS EM TUMBAS NO EGITO
A
cópia mais antiga do Evangelho de Marcos foi encontrada por pesquisadores que
exploravam tumbas egípcias. Testes realizados com o material apontam que o
papiro data dos anos 80 a 90 d. C. A descoberta estabelece um novo parâmetro de
referência para os estudos históricos, pois a cópia mais antiga que se tinha
notícia até então era datada do século II d. C. De acordo com a agência EFE, um
dos responsáveis pela descoberta é o doutor em Estudos Bíblicos Craig Evans,
que acredita que alguém tenha reciclado um trecho do Evangelho, escrito em
papiro – material muito caro na época – para usá-lo como uma máscara funerária.
As máscaras funerárias de papiro eram usadas pelos egípcios mais pobres, que
não tinham como arcar com máscaras de ouro e outros metais preciosos. Marcos
escreveu sua versão narrativa do ministério de Jesus em Roma, na década 60 d.
C., na companhia de Pedro. O pesquisador Evans acredita que a cópia do
Evangelho de Marcos tenha ido parar no Egito através do sistema de correios do
Império Romano. “No Império Romano, o correio tinha a mesma velocidade de hoje
em dia. Uma carta escrita em Roma podia ser lida no Egito semanas depois.
Marcos escreveu seu Evangelho no final dos anos 60 d.C., portanto, era possível
encontrar uma cópia no Egito 20 anos depois”, afirmou Evans. De acordo com o pesquisador, esse trecho do
Evangelho de Marcos é apenas uma das centenas de documentos que foram
localizados e estão sendo analisados pela equipe de mais de 30 especialistas.
Para determinar a data em que o documento foi escrito, está sendo aplicada uma
técnica que inclui o uso de isótopo de carbono-14. “Estamos recuperando antigos
documentos do primeiro, do segundo e do terceiro século depois de Cristo. Não
só documentos bíblicos, mas também textos gregos clássicos ou cartas pessoais”,
revelou o pesquisador, destacando que foram encontrados também documentos que
pertenceram ao poeta grego Homero, autor de grandes obras clássicas como
“Ilíada” e “Odisseia”.
Nenhum comentário
Postar um comentário