CONTRA DEPRESSÃO, PASTORES PRECISAM PRIORIZAR FAMÍLIA E BUSCAR RECICLAGEM, AFIRMA PASTOR JOSÉ PONTES.
O ministério pastoral traz
responsabilidades e exige dedicação intensa dos que são chamados para esta
função, e muitas vezes, a complexidade das relações humanas, a falta de
estrutura ideal e até a busca por desafios que motivem a congregação tornam a
rotina dos pastores desgastante e levam alguns à depressão. O pastor José
Pontes, líder da Igreja do Nazareno no Brasil e escritor, publicou um artigo no
site da Visão Nacional para a Consciência Cristã (VINACC) sobre este tema, e
relatou uma conversa com um colega de ministério que o procurou em apuros e as
causas que levam pastores ao desespero. Segundo Pontes, uma das causas é a
religiosidade: “Acho que nos últimos anos, nós pastores passamos a viver e
praticar mais uma religião do que viver a simplicidade do evangelho”. Para o
pastor, “as instituições passaram a ter um poder e um domínio fortíssimo sobre
os seus líderes; as pessoas, o rebanho passaram a ser segundo plano”. O
estresse vivido por muitos pastores se dá, segundo a avaliação de Pontes,
devido à desorganização pessoal de cada líder: “O pastor não prioriza seu
casamento nem seus filhos [...]Existe no meio pastoral muita indisciplina do
seu tempo e no cuidado do seu próprio corpo e da sua saúde mental”, observa o
pastor, que atenta ainda, pela necessidade de reciclagem para exercer bem a
função: “Muitos pastores querem pastorear a geração de hoje com os mesmos
métodos e formas de 10, 20 anos atrás – isso gera angústia e impotência”. As
soluções, segundo o pastor, passam por avaliações, escolhas e decisões
pessoais: “Se o líder quer dar um novo rumo a sua vida ou mesmo fazer consigo
mesmo um trabalho preventivo contra essa crise que assola a liderança, então é
[...] refletir e começar a combater [os erros]. Levando isso a sério, o líder
será mais saudável nos mais variados aspectos”.
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