COMO PERDOAR QUEM NÃO DEMONSTRA ARREPENDIMENTO?
A morte vicária e expiatória
de Jesus foi o preço que Ele pagou para que o ser humano fosse perdoado e
restaurado à comunhão com Deus. Perdoar implica cancelar ou remir uma dívida. O
sacrifício de Jesus na cruz foi o preço pago por Deus para perdoar-nos; a
cédula, o escrito da dívida, que era contra nós foi cancelada (Colossenses
2.14). Uma vez que recebemos o perdão de Deus, quando merecíamos a morte,
devemos demonstrar gratidão e disposição para perdoar aquele que nos ofendeu,
até porque, na oração modelo do Pai-Nosso, Jesus pediu que Deus perdoasse as
nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores (Mateus 6.12), e
advertiu-nos de que, se perdoarmos nossos ofensores, seremos perdoados pelo Pai
celestial; se não os perdoarmos não seremos perdoados (v. 14,15). Contudo, quem
já foi ofendido ou injustiçado sabe que não é fácil perdoar. Aliás, quanto
maior for o dano a nós causado e a nossa proximidade com aquele que pecou
contra nós, mais difícil será perdoá-lo. Nessas horas, devemos lembrar o quanto
somos pecadores, quão bondoso e misericordioso o nosso Deus é para conosco,
perdoando nossas transgressões e restaurando a nossa comunhão com Ele. Devemos,
pois, demonstrar misericórdia e graça aos nossos ofensores, perdoando-os. É indispensável que entendamos
e pratiquemos o perdão, cancelando a dívida que nosso próximo tem para conosco,
a fim de que a nossa dívida com Deus também seja cancelada, não haja resquício
de ódio e amargura em nosso coração, tenhamos paz, equilíbrio, alegria, e
vivamos em harmonia com o Senhor, com nós mesmos e com nossos semelhantes. Ainda
que alguém não reconheça o erro e não demonstre arrependimento genuíno pelo mal
que nos causou, devemos perdoá-lo. Devemos fazer a nossa parte, e deixar o
resto com Deus. Há pessoas que não perdoam porque quem as ofendeu não pediu
perdão formalmente, reconhecendo seu erro, e há aquelas que não perdoam por
acreditarem que a ofensa é grande e grave demais para ser apagada ou esquecida
após um simples pedido de perdão. É difícil perdoar gente assim, mas devemos
perdoar e saber pedir perdão. Em alguns casos a ofensa é patente; em outros, é
uma questão de pontos de vista diferentes. Independente da situação, ainda que
o ofensor não dê o braço a torcer, façamos a nossa parte, a fim de que a paz e
a harmonia em nosso relacionamento com ele e com nós mesmos sejam
restabelecidas. Se for preciso, deveremos até tomar a iniciativa de pedir
perdão ao outro, mesmo que estejamos com a razão. O perdão é algo tão sério,
que pode causar enfermidades emocionais, destruir relacionamentos e até impedir
que Deus atenda às nossas orações e abençoe as nossas ofertas. Foi isso que
Cristo ensinou em Mateus 5.23,24: Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar
e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali diante
do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão, e depois
vem, e apresenta a tua oferta. Em suma, como cristãos
obedientes à Palavra de Deus, devemos amar o nosso próximo como a nós mesmos e
perdoá-lo diariamente, quantas vezes for necessário, em qualquer situação. Só
assim, estaremos aptos a desfrutar de todas as bênçãos espirituais em Cristo.
SUGESTÕES DE LEITURA: Mateus 18.21,22; Marcos 11.25,26; Lucas 11.4;
17.3,4; 2 Coríntios 2.10; Efésios 4.32; Colossenses 3.13
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