ASSOCIAÇÃO DE JURISTAS EVANGÉLICOS PUBLICA NOTA A RESPEITO DA REPORTAGEM DA FORBES SOBRE PASTORES MAIS RICOS DO BRASIL: “DEVER ÉTICO DESCUMPRIDO”
Em virtude da publicação da
revista Forbes, que elencou os cinco pastores mais ricos do Brasil numa matéria
publicada recentemente, a Associação Nacional dos Juristas Evangélicos
(Anajure), publicou nota pública a respeito do caso. O documento afirma que a
preocupação da Anajure era relativa a uma “postura pejorativa” e também a uma
eventual “violação dos sigilos bancário e fiscal dos referidos pastores”. Porém,
mediante a publicação de uma atualização feita pela revista na matéria
original, explicando que os dados haviam sido obtidos a partir de informações
colhidas na imprensa nacional e internacional, e não com a colheita de dados
diretamente no Ministério Público ou Receita Federal, a Anajure entendeu que
nenhuma irregularidade havia sido cometida. A nota pública ressalta que as
alterações feitas na publicação no site da revista Forbes não foram conduzidas
de maneira correta: “A suma de tudo isso é que a Revista Forbes alterou
sorrateiramente o texto inicial em vez de, de modo público e notório, assumir
seu erro e a inconsistência de sua reportagem no tocante às fontes citadas. No
mínimo, um dever ético foi descumprido”. A Anajure pontuou que a liberdade de
imprensa deve ser “irrestrita [...] mas sempre de acordo com a responsabilidade
a ela inerente”. A nota encerra lembrando que não abordou o assunto sob a
perspectiva teológica, mas sim, de maneira a observar os direitos civis a
partir da perspectiva cristã: “Para nós, isso não é uma questão de teologia,
mas de juridicidade ou antijuridicidade de uma conduta, no caso, a da Revista.
Quanto ao mais, a própria igreja evangélica, neste momento de crise em que
vive, já tem os líderes com pertinência e autoridade suficientes para fazer as
devidas correções teológicas. Não é esse o papel da ANAJURE. Mas, seja qual for
a teologia adotada, não se pode mitigar ou ferir as liberdades civis
fundamentais dos evangélicos e dos seus líderes”. Por Tiago Chagas, para o
Gospel+
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