MYRIAN RIOS FAZ LEI EM PROL DOS “BONS COSTUMES” E RECEBE CRÍTICAS
Deputada carioca é chamada de “hipócrita” e “retrógrada”
nas redes sociais. “A sociedade de uma maneira geral vem cada dia mais se
desvencilhando dos valores morais, sociais, éticos e espirituais. Valores esses
que são de extrema importância para que nossa sociedade caminhe para o
crescimento”. Esse é o argumento usado pela deputada do PSD carioca e ex-atriz
Myrian Rios para a aprovação do “Programa de resgate de valores morais,
sociais, éticos e espirituais”. Atualmente, a parlamentar se intitula
missionária da renovação carismática católica. Dois anos atrás, ela conseguiu
que fossem destinados R$ 5 milhões à Jornada Mundial da Juventude. O evento
católico que ocorre no Rio de Janeiro este ano e deve ter a participação do
papa. O projeto de lei Nº 573, de 9 de junho de 2011, de autoria de Myrian
Rios, foi sancionado somente nesta quinta (17) pelo governador do Rio de
Janeiro, Sérgio Cabral. O texto é um tanto vago e diz que “O Programa deverá envolver
diretamente a comunidade escolar, a família, lideranças comunitárias, empresas
públicas e privadas, meios de comunicação, autoridades locais e estaduais e as
organizações não governamentais e comunidades religiosas, por meio de
atividades culturais, esportivas, literárias, mídia, entre outras, que visem a
reflexão sobre a necessidade da revisão sobre os valores morais, sociais,
éticos e espirituais” Ela ressalta que o programa contribuirá para “uma
convivência saudável entre pessoas, estabelecendo relações de confiança e
respeito mútuo, alicerçada em valores éticos, morais, sociais, afetivos e
espirituais, como instrumento capaz de prevenir e combater diversas formas de
violência”. Porém, não especifica
valores nem de onde sairão os fundos para sua execução, o que pode torná-la
apenas mais uma lei que nunca saiu do papel. Nas redes sociais a repercussão
não foi boa. No Twitter e no Facebook, vários eleitores do Rio de Janeiro
começaram uma espécie de campanha contra a deputada. O motivo é ela ter feito
na década de 1970 ensaios nus para revistas masculinas. Portanto, ela foi
chamada de “hipócrita” e “retrógrada”. Alguns lembraram a polêmica das
declarações da deputada em 2012, consideradas homofóbicas. A maioria fez críticas sobre os problemas que
o Estado enfrenta e que os deputados não procuram fazer leis para
resolver. As informações são do Terra.
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