SILAS MALAFAIA CAUSA POLÊMICA AO CITAR ARRECADAÇÃO DE OUTRAS DENOMINAÇÕES EVANGÉLICAS E CHAMAR IGREJA CATÓLICA DE COVARDE
Uma entrevista na qual o
pastor Silas Malafaia falou sobre suas finanças, como resposta à reportagem da
revista Forbes que o listou como um dos pastores evangélicos mais ricos do
país, tem causado polêmica também por causa de outras declarações do pastor,
muitas delas envolvendo outras denominações. Na primeira resposta de Malafaia,
publicada em sua entrevista à IstoÉ, o pastor afirmou que a reportagem feita
pela revista americana “é uma sacanagem para dizer que pastor apanhou dinheiro
dos otários. Que pastor é milionário porque tem um bando de babaca de quem ele
toma dinheiro”. Malafaia citou a arrecadação de outras denominações evangélicas
para minimizar o valor arrecadado pela igreja liderada por ele, e chegou a
afirmar que é uma “sacanagem” dizer que ele tem uma fortuna maior do que a de
outros líderes, como o missionário R.R. Soares. Foi uma campanha sacana com
subjetividade muito malandra. Ri quando vi a lista. Porque eu ter mais recursos
que o R. R. Soares (da Igreja Internacional da Graça de Deus) é uma sacanagem
com o R. R. – ironizou o pastor. O líder da Assembleia de Deus Vitória em
Cristo respondeu também sobre as acusações de que ele “vende bênçãos”, e chamou
de estúpidas as pessoas que acreditam em tal afirmação. Quem pensa assim é um
estúpido! Acha que eu sou criança para vender bênçãos, rapaz! O que eu faço, e
é bíblico, é liberar uma palavra profética. – vociferou o pastor que falou
também ao questionamento do repórter sobre se a arrecadação de ofertas por meio
de máquina de cartão de débito e crédito não se enquadraria como comércio. Sem
responder diretamente se o uso das máquinas de pagamento eletrônico na igreja
não a transformaria em comércio, Malafaia afirmou que sua igreja é frequentada
por “desembargador, procurador, e caras com doutorado”, para afirma que a
igreja evangélica não é frequentada apenas por “babaca, analfabeto e operário”.
Questionado sobre o porquê de sua igreja não ter atuação fora do Brasil, a
exemplo da Universal e da Mundial, Malafaia afirmou que essas igrejas são
rotativas, sendo procuradas pelas pessoas apenas para “uma necessidade de
momento”. Ele declarou ainda que seu trabalho é mais consistente do que o dos
outros líderes evangélicos mencionados, e que as igrejas fundadas por ele
trazem muitos mais conforto aos frequentadores do que as fundados pelos outros
pastores. De acordo com Malafaia, para proporcionar tal conforto ele gasta o
mesmo montante de dinheiro para inaugurar dez igrejas que o Valdemiro usa para
abrir 70. Minhas igrejas são lindas,
clean, nada luxuosas, mas hiperconfortáveis, com cadeiras, som, de primeira linha.
Na igreja que estou fazendo na Penha, no Rio, vamos gastar R$ 12 milhões em
obras. Esses caras abrem um salão e gastam com som, cadeira, uma pinturazinha,
um conserto no banheiro, às vezes um ar-condicionado, uns 300 mil contos,
irmão! Meu mundo é outro, mas chego lá.
comparou Malafaia. Silas Malafaia falou também na entrevista sobre as
polêmicas envolvendo ele e ativistas gays, como deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) que,
segundo ele, se não fosse gay seria um “zero a esquerda”. Com todo respeito,
ele só tem essa voz toda porque é gay. Se não fosse, seria um zero à esquerda.
Acha outro no Congresso com 16 mil votos que tenha representatividade para
falar! – afirmou o pastor, que ainda comparou a eleição de Wyllys à de seu
irmão Samuel Malafaia, foi eleito deputado estadual com 135 mil votos. Malafaia
questionou ainda o silêncio da Igreja Católica na questão da polêmica PLC 122,
e insinuou que a instituição se cala por covardia, ou por ter homossexuais
entre seus sacerdotes. Acho de uma covardia e omissão uma instituição tão
poderosa, com tanto acesso à mídia como a Igreja Católica, se calar tanto. Ou
então a maioria dos padres é homossexual – e aí tem de ficar calada mesmo. –
afirmou. Através do Twitter, Malafaia falou sobre a reportagem e sobre a
linguagem, que muitos consideram ofensiva, que ele utilizou durante a
entrevista. De acordo com o pastor, ele usou “uma linguagem bem popular p/
alcançar os não evangélicos”.Por Dan Martins, para o Gospel+
Nenhum comentário
Postar um comentário