REPRESENTANTE DA AVAAZ SE DIZ “ORGULHOSO” POR VETO A ABAIXO-ASSINADO PRÓ-SILAS MALAFAIA; JORNALISTA AFIRMA QUE ONG ESTÁ “DESMORALIZADA”.
Como em tudo com o que se
envolve, o pastor Silas Malafaia é novamente alvo de uma polêmica envolvendo
seu registro de psicólogo. Em meio à batalha de abaixo-assinados, muitas
opiniões a respeito do tema começam a surgir, e depoimentos passam a colorir o
cenário da questão. O jornal Folha de S. Paulo entrevistou o representante da
ONG Avaaz no Brasil, Pedro Abramovay (foto), que é ex-secretário nacional de
Justiça, sobre a retirada do ar do abaixo-assinado pró-Malafaia. Segundo
Abramovay, a decisão de retirar o abaixo-assinado o deixou satisfeito: “Mais de
77% da nossa comunidade votou para remover esta petição, e estamos muito orgulhosos
dessa decisão democrática para rejeitar este tipo de lobby para continuar
práticas homofóbicas”, disse. A Folha revelou ainda que o Conselho Regional de
Psicologia (CRP) do Rio de Janeiro não se envolverá com a polêmica, mas que já
vem trabalhando em sigilo para investigar as acusações de homofobia contra
Silas Malafaia, e que pretende divulgar uma “nota pública para falar sobre o
tema ‘psicologia laica’”. Segundo o jornal, a assessoria de imprensa do CRO
afirmou que “a ideia é não pessoalizar Silas Malafaia, mas se posicionar sobre
o tema da psicologia e religião”. Como parte da repercussão, o jornalista
Reinaldo Azevedo, colunista da revista Veja, publicou extenso artigo sobre o
assunto, criticando o representante da Avaaz e manifestando apoio a Silas
Malafaia. “Pedro Abramovay, ex-secretário nacional de Justiça e defenestrado
por Dilma da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas porque defendeu a
não prisão de “pequenos traficantes” (???), é agora “diretor de campanhas”, no
Brasil, da Avaaz, uma entidade internacional de petições online [...]E eu não
me alinho com ele por uma penca de motivos. Gosto de clareza e rejeito gente
que faz tráfico de ideias. Acho que este rapaz é partidário do totalitarismo
ilustrado”, escreveu o jornalista. Azevedo pontua ainda que embora discorde de
ideias do pastor Silas Malafaia, preza pelo direito de expressão e pela
essência da democracia: “Malafaia tem algumas opiniões que, de modo absoluto e
irrecorrível, não coincidem com as minhas. E, evidentemente, concordamos em
muita coisa [...] Eu não aprovo, não endosso nem defendo o trabalho de
psicólogos que se dedicam a reorientar a sexualidade de seus pacientes.
Proibir, no entanto, que psicólogos atuem na “reorientação” junto àqueles que,
voluntariamente, queiram se submeter a ela é uma violência antidemocrática, que
fere a Constituição [...] Eu discordo de Silas Malafaia; eu discordo daqueles
que acreditam na reorientação de homossexuais, mas me parece absurdo que um
conselho profissional queira se imiscuir, desse modo, na relação entre paciente
e psicólogo. Não existe isso em nenhum lugar do mundo!”. O jornalista, que é
católico, afirmou ainda que a respeito do abaixo-assinado pró-Malafaia, “teria
assinado com gosto se tivesse sabido a tempo, mesmo discordando radicalmente
dele nesse particular”.Por Tiago Chagas, para o Gospel+
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