PASTOR MARCO FELICIANO DIZ QUE CONTINUA COMO PRESIDENTE DA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS E JEAN WYLLYS CRITICA: “LAMENTÁVEL”
Desde que assumiu a
presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM), o pastor e
deputado federal Marco Feliciano tem sido alvo de uma série de protestos e
pedidos de renúncia por parte de segmentos da sociedade e civil e por outros
parlamentares. Acusado pelos críticos de racismo e homofobia, Feliciano não tem
conseguido nem mesmo presidir as reuniões da comissão, por causa dos protestos
contra ele. Nesta quarta, o deputado não conseguiu ficar mais que oito minutos
numa audiência sobre direitos de portadores de transtorno mental, interrompido
por ativistas que gritaram palavras de ordem. Ao sair da sessão, vários parlamentares
o aconselharam a deixar o cargo, entre eles o também evangélico Anthony
Garotinho (PR-RJ). Você não devia ter aceitado lá atrás esse cargo porque
aquilo ali te rendeu um problema. Você já capitalizou o seu público evangélico,
mas tem que saber até quando esticar a corda para não arrebentar. Melhor sair
antes que te tirem – disse Garotinho a Feliciano – aconselhou Garotinho. Porém,
apesar dos protestos e conselhos de outros parlamentares, Marco Feliciano
afirmou que não irá renunciar ao cargo, mesmo após reunião com o líder do PSC,
André Moura, e apelo do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN)
para tal. Eu continuo e sou presidente
da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados – afirmou ao G1, após
reunião com os líderes do partido. Nessa quarta (20), o presidente da Câmara,
Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), se reuniu em seu gabinete, com o líder do
PSC, André Moura (SE), e com o vice-presidente do partido, pastor Everaldo
Pereira, para tratar sobre a situação de Feliciano. Alves comentou sobre a
reunião contanto que fez um apelo para a legenda substituir Feliciano, e
afirmou que os dirigentes do PSC se comprometeram a apresentar uma solução para
a crise nos próximos dias. Em sua coluna, Radar on-line, na Veja, o jornalista
Lauro Jardim disse que Feliciano deu declarações peitando o PSC, que
internamente já defende a sua renúncia. O partido é soberano, mas eu não
renuncio. Não renuncio – teria dito o deputado, segundo Lauro Jardim. Em nota
oficial, o deputado Jean Wyllys, forte opositor de Feliciano, lamentou a
permanência do pastor no cargo, citando as diversas manifestações contra o
deputado e até mesmo os rumores de sua renúncia que circularam pela imprensa. Acabamos de receber a lamentável notícia do
presidente Henrique Eduardo Alves de que os rumos da Comissão De Direitos
Humanos e Minorias (CDHM) não serão resolvidos hoje, ao contrário do que
esperávamos e já havia, inclusive, sido anunciado por alguns veículos da
imprensa. – declarou Wyllys que, junto a outros parlamentares, chegou a
ingressar com um Mandado de Segurança no Supremo contra a permanência de
Feliciano na Comissão. Segundo o Conjur, no documento, os parlamentares alegam
que a sessão em que ocorreu a votação de Feliciano foi convocada de forma
ilegal pelo presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). A sessão
foi restrita ao público, o que, para os deputados, contraria o Regimento
Interno da Câmara. Segundo eles, apenas os membros da Comissão poderiam
determinar a restrição, e não o presidente da Câmara. Nessa quarta feira (20),
Feliciano foi também intimado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a depor em
ação penal em que é acusado de estelionato. De acordo com o G1, a intimação foi
assinada pelo relator da ação no STF, o ministro Ricardo Lewandowski. Conforme
documento, ele será interrogado no dia 5 de abril (sexta-feira) às 14h30. Na
ação, fruto de denúncia foi feita pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul
em 2009, antes de ele tomar posse como deputado federal, o deputado é acusado
de obter para si a vantagem ilícita de R$ 13.362,83 simulando um contrato “para
induzir a vítima a depositar a quantia supramencionada na conta bancária
fornecida”. O PSC em reunião no fim da noite desta quarta, dia 20 de março,
afirmou que reunirá os deputados para buscar uma decisão “respeitosa” e que
“agrade a todos” sobre Marco Feliciano. Essa decisão do partido deve sair nos
próximos dias. Por Dan Martins, para o Gospel+
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