PASTOR DA IGREJA MUNDIAL É PRESO SOB ACUSAÇÃO DE SONEGAÇÃO, ESTELIONATO E FORMAÇÃO DE QUADRILHA
O pastor Valdeci Marques de
Oliveira, 39 anos, da Igreja Mundial do Poder de Deus, foi preso na última
quarta-feira, 24 de abril, sob acusação de estelionato, sonegação fiscal e
formação de quadrilha. Policiais da Delegacia de Investigações sobre
Entorpecentes (DISE) prenderam o pastor em São Bernardo, após dois meses de
investigação. A polícia acusa Valdeci e seus dois irmãos caçulas, Waldermir
Marques de Oliveira, 29, e Pedro Marques de Oliveira, 28, de montarem um
sistema de fraudes em empréstimos bancários, que teria arrecadado
aproximadamente R$ 3 milhões. De acordo com informações do Diário do Grande
ABC, o golpe era praticado de forma simples, a partir da compra de empresas que
estavam à venda. Após a aquisição, a documentação era feita no nome de
laranjas, e com isso, conseguiam empréstimos bancários de até R$ 500 mil. Com o
dinheiro na mão, as empresas eram fechadas ou abandonadas. Em alguns casos, a
dívida era repassada a sócios que não haviam tomado conhecimento dos
empréstimos. Uma das vítimas, amigo de um dos integrantes da quadrilha, denunciou
o esquema após ter investido R$ 40 mil numa churrascaria administrada pelos
três irmãos no Centro de São Bernardo. O valor investido pela vítima havia sido
obtido de uma indenização recebida após sua demissão de uma metalúrgica. “Não
tínhamos acesso ao caixa, ao balanço. Ele sempre estava com um advogado e um
contador e um dia apareceu falando em colocar a empresa no nome de outra
pessoa. Foi quando comecei a suspeitar que tinha algo errado”, afirmou no
depoimento à polícia. A investigação identificou no total doze empresas que
pertenciam ao pastor, e que serviam ao mesmo propósito. A polícia apreendeu
também sete carros importados, dos modelos Tiguan, Passat, Golf e Amarok. Foi
descoberto que o pastor comprava os carros a preço de tabela e não pagava as
prestações, repassando a terceiros por pelo menos 50% do valor do carro. Durante
as investigações a polícia ainda descobriu que o pastor da Mundial já tinha
antecedentes criminais por estelionato, e que havia sido demitido por justa
causa de uma emissora de televisão de São Paulo há quatro anos, por usar
dinheiro do departamento pelo qual era responsável para efetuar empréstimos a
funcionários. Por Tiago Chagas, para o Gospel+
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