VISANDO APOIO DOS EVANGÉLICOS, PRESIDENTE DILMA EVITA FALAR SOBRE MARCO FELICIANO E CASAMENTO GAY
Durante as eleições em 2010 a
então candidata a presidência Dilma Rousseff prometeu manter intocadas as
atuais legislações do país sobre aborto e casamento gay, tendo em vista
conquistar o apoio de eleitorado evangélico. Agora, visando manter o apoio
desse mesmo publico, Dilma mandou sua equipe tomar distância da polêmica em
torno do presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, p deputado e
pastor Marco Feliciano (PSC-SP). De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, a
orientação dada pela presidente é de que as críticas, se forem inevitáveis,
devem ser feitas unicamente ao deputado, jamais aos evangélicos. Líderes do
governo consideram particularmente delicada a relação do Planalto Central com
as denominações pentecostais e neopentecostais que, inclusive, possuem
representantes em altos cargos do governo, como Ministério da Pesca que é
liderado desde 2012 por Marcelo Crivella, que é ligado à igreja Universal. O
diálogo é melhor com as denominações protestantes tradicionais, como luterana,
metodista e presbiteriana. De acordo com o jornal, Crivella tem sido um dos interlocutores,
ao lado do colega Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência da
República), responsável formal pela ponte entre Planalto e igrejas em geral. A
preocupação do governo estaria no fato de que, no legislativo, a bancada
evangélica costuma se unir em torno de temas caros à religião, como casamento
gay e aborto; atraindo, com isso, alas católicas e congressistas de linha mais
conservadora. Esses são temas que Palácio do Planalto espera que não sejam
centrais na disputa por 2014, o que diminuiria o peso das demandas evangélicas
na corrida eleitoral. Na última eleição, Dilma contou com o apoio de um líder
evangélico para se esquivar da polêmica em torno desses temas. O deputado
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), da Igreja Sara Nossa Terra, foi um dos que ajudou
Dilma a desarmar boatos de que a petista liberaria, se eleita, o aborto e o
casamento entre pessoas do mesmo sexo, discussão explorada à época por seu adversário,
José Serra. Por Dan Martins, para o Gospel+
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