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MINISTÉRIO EM DEFESA DA FÉ APOSTÓLICA


PASTOR SERGIO LOURENÇO JUNIOR - REGISTRO CONSELHO DE PASTORES - CPESP - 2419

COMENTANDO MANIFESTAÇÕES PELO BRASIL, PASTOR RICARDO GONDIM DIZ QUE IGREJAS COM PROGRAMAS DE TV “SUBMETEM FIÉIS À ALIENAÇÃO”

Os primeiros indícios de que a mobilização popular que tem ido às ruas neste mês de junho pode fazer mais do que concentração de pessoas em praça pública foram noticiados ontem e hoje pela mídia. A PEC 37 foi rejeitada por esmagadora maioria na Câmara dos Deputados. No contexto do levante social contra a corrupção e outras mazelas sociais, o pastor Ricardo Gondim publicou em seu site um artigo que trata das questões reclamadas por manifestantes, e a falta de envolvimento na causa por parte das igrejas evangélicas e seus pastores. Gondim diz que “em plena ebulição de manifestantes lotando centenas de cidades pelo Brasil a fora, uma breve visita aos programas evangélicos revela não apenas a desconexão das principais igrejas-empresas, como a alienação que elas submetem seus fieis”. Para o pastor da Igreja Betesda, em São Paulo, “dificilmente qualquer um dos famosos televangelistas se aventurariam nas ruas durante os protestos”, pois a sociedade criou uma imagem pouco amigável desses pastores. “Nenhum deles marcharia ao lado daqueles primeiros manifestantes. Chego a pensar no pior. Se rasgaram bandeiras de partidos, imagine o que fariam aos mais audazes televangelistas – os que vivem de dedo em riste. Se já aconteceram relatos de discriminação contra pastores ao preencherem cadastro de crediário ou quando alugam casas e fazem o check in em hotel, numa passeata em que xingam tudo e todos, os pastores seriam linchados”, escreveu Ricardo Gondim. Considerado polêmico devido a seus posicionamentos pouco ortodoxos em relação à postura dos demais pastores, Ricardo Gondim alerta que a Igreja precisa estar ciente do que acontece ao seu redor. “Líderes evangélicos precisam acordar: o tempo reclama por mais do que mera retórica. Na inquietação popular, evidenciou-se a penúria dos sermões – o conteúdo dos púlpitos não vai além de chavões surrados, reciclados e esvaziados por excessivo uso”, lamentou, complementando que a mensagem bíblica e/ou a conduta cristã não livra fiéis das dificuldades que assolam aos outros brasileiros: “Como o evangelho não doura a pílula existencial, os pastores não podem ter a pretensão de que, em tese, os fieis, literalmente, andam sobre as águas, seguram serpentes sem serem picados e bebem veneno. Os cristãos também sofrem em ônibus lotados, também esperam semanas por vaga em hospital público e também sobrevivem com subsalários”. Ricardo Gondim convoca um maior protagonismo dos cristãos na sociedade a fim de uma melhoria que urge: “Tornou-se inadiável o diálogo entre a igreja e os diferentes setores que reivindicam mudança radical. Ficou claro: o problema da corrupção, pobreza crônica e injustiça social extrapola pessoas e partidos políticos”, pontuou. O texto do pastor conclui dizendo que “o Brasil ferveu e os pastores pediram aos crentes que orassem”. Gondim lamenta a opção feita por aqueles que não apoiam a luta popular por um país menos desigual: “Pobres líderes. Esqueceram da resposta de JHVH a Moisés diante do Mar Vermelho: Por que orar nesta hora? Manda o povo que marche. Infelizmente, poucos pastores têm coragem de serem os primeiros a colocar o pé nas águas tumultuadas de um oceano de incertezas. Mais uma vez grandes segmentos da comunidade evangélica perderam o kairós da história e de Deus. Repito: infelizmente”. Por Tiago Chagas, para o Gospel+

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