BOMBA. SUSPEITA DE PIRÂMIDE, BBOM CONTINUA OPERANDO E SOFRE NOVO BLOQUEIO DE BENS
A Justiça Federal em Goiás
determinou, nesta segunda-feira (29), um novo bloqueio judicial dos bens da
empresa Bbom (Embrasystem Tecnologia em Sistemas, Importações e Exportações),
que fornece rastreadores de veículos. A empresa é investigado por indícios de
formação de pirâmide financeira. A nova ação foi movida a pedido do Ministério
Público Federal (MPF-GO) porque a empresa continuou operando normalmente, mesmo
tendo sido proibida. O UOL entrou em
contato com a Bbom, mas até a publicação desta reportagem não recebeu respostas
sobre o posicionamento da empresa em relação ao novo bloqueio judicial.
Anteriormente, a BBom afirmou trabalhar com marketing multinível, e não
pirâmide financeira. A pirâmide
financeira é uma modalidade considerada ilegal porque só é vantajosa enquanto
atrai novos investidores. Assim que os aplicadores param de entrar, o esquema
não tem como cobrir os retornos prometidos e entra em colapso. Nesse tipo de
golpe, são comuns as promessas de retorno expressivo em pouco tempo. Empresas
vão ter que mostrar quantos aparelhos foram vendidos; O processo ainda prevê
que as supostas fornecedoras de rastreadores da Bbom, Maxtrack Industrial e
Over Book, prestem esclarecimentos, em juízo, sobre quantos rastreadores
conseguem produzir por mês. As empresas terão que responder quantos e quais são
os clientes para quem fornecem rastreadores veiculares no Brasil; quantos
rastreadores veiculares foram vendidos para a empresa Embrasystem durante o ano
de 2013, e quantos efetivamente foram entregues, detalhando esses números mês a
mês. O objetivo é detectar se há ou não rastreadores em número suficiente para
atender aos associados do negócio. Empresa teve bens bloqueados e foi proibida
de operar Em 10 de julho, a Justiça tinha determinado o bloqueio de bens da
companhia. Foram incluídos mais de cem veículos, além de R$ 300 milhões em
contas bancárias do grupo. No dia 16 de
julho, uma decisão determinou que as empresas do grupo BBom parassem,
imediatamente, de recrutar novos integrantes. Como a empresa desrespeitou essa
última decisão, desta vez ativos financeiros existentes em nome da empresa
foram bloqueados via Banco Central. Os valores não foram divulgados pela
procuradora da República Mariane Guimarães. O MPF-GO pediu, ainda, ao
Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) informações sobre a empresa de
monitoramento Unepxmil, que integra o mesmo grupo. O órgão informou que a
empresa Embrasystem não possui homologação e certificação junto ao órgão para
prestar serviço de monitoramento e localização de veículos. Fonte: UOL.
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