“HARMONIA” ENTRE OS PODERES É AMEAÇADA PELO CASO TELEXFREE
Enquanto a Justiça vê indícios
de pirâmide financeira na Telexfree, a Assembleia instala um comitê em defesa
da empresa e seus divulgadores. Judiciário e Legislativo mostram posições
contrárias, o que não é bom para a harmonia entre os poderes. “Nós queremos
tirar a ideia do confronto, vamos fazer um trabalho de relação no Tribunal de
Justiça e no Ministério Público, vamos fazer uma visita ao presidente do
Tribunal de Justiça e à procuradora-geral, porque acreditamos que e possível
encontrar uma saída negociada”, afirma o deputado Moisés Diniz(PCdoB). Nesta
quinta-feira, 18, o vice-presidente da Assembleia Legislativa, deputado Moisés
Diniz(PCdoB), mobilizou outros três deputados, além dos advogados da Telexfree
e os principais divulgadores da empresa no Acre para a reunião de instalação do
comitê em defesa da Telexfree. A reunião aconteceu no auditório da Assembleia.
Na ocasião, foi discutida a situação da empresa, que está com as atividades
suspensas em todo o país desde o mês passado, por determinação da Justiça do
Acre. Os integrantes do comitê também discutiram alternativas para reverter a
situação da Telexfree e de outras empresas do gênero, que também foram alvo de
ação do Ministério Público, como a BBom, que recentemente teve as atividades
suspensas pela Justiça de Goiás. Os
divulgadores defendem a regulamentação da atividade através de uma legislação
específica. “É criar uma lei através dos deputados, algo que nos dê segurança,
que nos ampare, que regule realmente o marketing multinível como trabalho”,
argumenta Shawke Lira, divulgador Telexfree. Após várias derrotas sucessivas na
Justiça, tentando derrubar a liminar que determinou a suspensão das atividades
da Telexfree em todo o país, os advogados alegam que a empresa não teve chance
de se defender e provar que é sustentável do ponto de vista financeiro. “A
empresa ainda não foi intimada para apresentar uma defesa técnica junto à ação
civil pública, ela só foi intimada para manifestar-se na medida cautelar, ou
seja, sobre a liminar que já foi dada, e a liminar já antecipou o julgamento
total do mérito, ou seja, não deu oportunidade da empresa se manifestar e se
defender”, explica o advogado Roberto Duarte.Fonte: A gazeta Net.
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