EM BRASÍLIA, DEPUTADOS DIVERGEM SOBRE AS EMPRESAS TELEXFREE E BBOM
Plateia da audiência pública
pede volta das atividades, encerradas pela Justiça sob a suspeita da prática do
golpe de pirâmide financeira. O deputado Sandro Alex (PPS-PR) disse há pouco
que a discussão na Câmara sobre as ações das empresas de marketing multinível
no Brasil não tem a intenção de impedir esse tipo de atividade, mas de propor
projeto de lei para regulamentá-la. O tema está sendo debatido em audiência
pública conjunta das Comissões de Desenvolvimento Econômico, de Ciência e
Tecnologia e de Defesa do Consumidor, em andamento no Auditório Nereu Ramos. O
debate foi proposto por vários deputados, em função da paralisação pela Justiça
das atividades de duas das maiores empresas do ramo, a TelexFree e a BBom, a
pedido do Ministério Publico. As empresas são investigadas sob a suspeita de
usarem a prática do marketing multinível como fachada para aplicar o golpe da
pirâmide financeira. Divergências: Diante da plateia que lota o auditório,
favorável à continuidade das ações dessas empresas, alguns deputados que
compõem a mesa defenderam a atividade. “Quem gera emprego e paga imposto não
pode ser tratado como criminoso”, disse o deputado Lourival Mendes (PTdoB-MA),
recebendo aplausos do público presente. O deputado Acelino Popó (PRB-BA)
lembrou que muitas famílias venderam bens para apostar nessa atividade como um
projeto de vida e hoje passam por dificuldades financeiras com a paralisação
dos trabalhos. Já o deputado Silvio Costa (PTB-PE) desafiou as empresas a
provarem que são sérias. “Isso aqui não é uma reunião política. Há uma
diferença entre marketing e picaretagem. Se eu for convencido, vou virar um
militante da causa e vou ao Supremo para dizer que o Ministério Público está
errado”, afirmou. A ponderação de Costa foi acompanhada pelo deputado Renan Filho
(PMDB-AL): “Quero defender a legalidade, os bons negócios. Não podemos permitir
que o povo brasileiro seja lesado”. Fonte: Ac24horas.
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