EVANGÉLICOS SÃO MAIS DE 1/3 DOS JOVENS BRASILEIROS
Evangélicos e protestantes
correspondem a mais de 1/3 dos jovens brasileiros, segundo dados de uma
pesquisa realizada pelo instituto Data Popular em maio deste ano (2013). Esses
novos números apontam mudanças no perfil das religiões no Brasil se comparados
com as informações colhidas oficialmente pelo Censo 2010 pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento recente
entrevistou 1.501 pessoas nas áreas urbanas de 100 cidades de todas as regiões
do país. A margem de erro é de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.
Dos ouvidos durante a pesquisa, com idade entre 16 e 24 anos, 44,2% se
declararam católicos, 37,6% protestantes/evangélicos, 6,7% de outras religiões
e 11,5% afirmaram não possuir religião. O Censo 2010 registrou um percentual de
cerca de 64% de católicos entre os jovens com idades entre 15 e 24 anos,
correspondendo a aproximadamente 35 milhões de pessoas. Segundo o IBGE, o
percentual de católicos no país recuou de 73,6% em 2000 para 64,6% em 2010. “Estamos
falando de quase 3 anos de diferença [entre os dados do Censo 2010 e do Data
Popular]. Essa queda se acentuou e não parou. A pesquisa confirma essa
tendência detectada pelo IBGE e confirma que a queda é mais forte entre os mais
jovens do que entre os mais velhos”, analisa Renato Meirelles, presidente do
Data Popular, em reportagem do portal G1. Ele avalia ainda que “as igrejas
evangélicas entraram mais fortemente nas classes C e D, que possuem o maior
número de jovens, se valendo de novas formas de tecnologia e de evangelização.
Hoje você vê funk gospel, samba gospel – modelos que só mais recentemente
começamos ver na Igreja Católica”. Esses são alguns desafios que o Papa
Francisco enfrentará nesta semana na Jornada Mundial da Juventude (JMJ). O
líder católico, que chega ao Brasil nesta segunda-feira (22), buscará se
aproximar desse público jovem. A pesquisa do Data Popular mostrou ainda que os
evangélicos são os que mais acreditam ser a religião o principal fator para
melhorar de vida. Entre os cristãos, 45% concordaram com a frase “Deus ou minha
fé é a principal responsável por minha vida melhorar”. Já entre os católicos,
esse percentual é o mais baixo: 27%. Entre os de outras religiões, o número foi
33%. Os católicos são proporcionalmente também os menos assíduos à igreja entre
os brasileiros com 18 anos ou mais: 48% dos entrevistados afirmaram não ter ido
nenhuma vez à igreja no último mês, 45% disseram ter ido de uma a quatro vezes
e 7% mais de quatro vezes. Já entre os evangélicos e protestantes, 52% responderam
ter ido mais de quatro vezes no mês, 34% de uma a quatro vezes e 14% nenhuma.
Entre os de outras religiões, 34% foram mais de 4 vezes no último mês, 50% de
uma a quatro vezes e 16% nenhuma. A enquete mostra que nem sempre os fiéis
seguem à risca o que pregam os líderes religiosos sobre os temas polêmicos como
aborto, pena de morte, legalização do uso de drogas leves e acesso a direitos
por casais de mesmo sexo: 15% dos evangélicos/protestantes brasileiros se
mostraram favoráveis ao aborto, 32% desses disseram ser a favor da pena de
morte, 12% apoiaram a legalização da maconha e 26% falaram que são a favor de
casais homossexuais terem o mesmo direito de casais tradicionais. A pesquisa do
Data Popular trabalhou apenas nas áreas urbanas – que representam cerca de 85%
da população – no formato de entrevista pessoal e trabalhando com amostras. Já
na metodologia utilizada no Censo, um responsável pelo domicílio é quem
responde o questionário pela família, e o objetivo é tentar abranger toda a
população. “O pai pode achar que o filho é católico, mas o filho pode não se
identificar como católico. Na forma autodeclarada procuramos identificar o
quanto a pessoa efetivamente se identifica ou não com a religião”, explica
Meirelles. Levantamento do Data Popular, realizado em maio de 2013, mostra
ainda queda da juventude católica, comparando com os últimos dados do IBGE do
Censo 2010. Por The Christian Post.
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