INVESTIDORES DA TELEXFREE DISCUTEM ALTERNATIVAS PARA RESGATAR DINHEIRO
O empresário de Ji-Paraná,
Célio José Tavares, de 46 anos, há seis meses investiu cerca de R$ 180 mil na
empresa Telexfree. Quatro meses após o investimento a Justiça determinou o
bloqueio dos acessos ao escritório virtual e os pagamentos dos investidores,
sob a suspeita de atuação na forma do sistema pirâmide financeira, ilegal no
Brasil. Por isso, a fim de dar continuidade na atividade, Célio afirma que
investirá fora do país, onde a empresa, segundo ele, atua sem problemas. Proprietário
de uma vidraçaria, o empresário acredita que o risco do investimento feito na
Telexfree é menor do que no próprio negócio. Para ele o retorno era garantido,
devido ao trabalho de divulgação e cadastramento de novos investidores, mas que
se sente prejudicado pela decisão judicial. “Quando fiz o investimento, eu
sabia que se eu não trabalhasse, eu não ganharia nada. Minha renda no primeiro
mês foi de R$ 20 mil entre postagens e cadastros, eu fiz compromissos confiando
nisso. E aqueles que investiram e viviam da Telexfree hoje estão ai passando
dificuldades, pois muitos compraram casas, carros e também fizeram
compromissos. "E a juíza deixou de receber seu salário? Não”, indaga
Célio.Por outro lado, Adriano da
Silva, de 28 anos, conta que investiu R$ 3 mil, também teve o dinheiro retido e
se arrepende do negócio. “Mas acredito que um dia eu terei esse dinheiro de
volta, é só ter paciência”, desabafa Adriano. Suspensão: Em Porto Velho, de
acordo com o Ministério Público Federal (MPF), denúncias anônimas ao órgão
deram conta de que divulgadores das empresas Telexfree e BBom estariam
contrariando as decisões judiciais, que valem para todo o país, dando
continuidade à publicidade do negócio e captação de novos investidores. Diante
disto, um inquérito civil público será instaurado pelos Ministérios Público
Federal e Estadual para apurar estas denúncias. Ambas as empresas tiveram bens
bloqueados e as atividades suspensas por suspeita de atuação da forma do
sistema pirâmide financeira, ilegal no Brasil. Fonte: G1.
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