BÉLGICA PODE APROVAR EUTANÁSIA PARA CRIANÇAS
O Senado já aprovou a proposta
e o texto segue para a Câmara; A Bélgica foi um dos primeiros países a
autorizar a eutanásia e agora, um projeto aprovado no Senado, pretende estender
o procedimento para crianças que estejam doentes em estado terminal. O projeto
prevê a morte assistida de crianças em estado terminal e que sofram de dores
profundas, desde que não haja tratamento capaz de curá-las. A lei que autoriza
a eutanásia está em vigor no país desde 2002, mas só oferece o recurso para
maiores de 18 anos. Se a lei for sancionada, o país se tornará o primeiro do mundo
a não estabelecer uma idade limite para a prática. A votação no Senado da
Bélgica terminou com 50 votos a favor e apenas 17 contra. Agora o projeto será
revisto pela Câmara e tudo indica que lá também será aprovado. Líderes
religiosos se opõem ao projeto, mas apesar de toda a movimentação deles o
governo segue avançando pela aprovação, o que tem gerado um grande debate entre
a população. Entre os prós e contras os senadores analisaram que é preciso ter
um amparo jurídico para que os médicos e as crianças tomem a decisão diante de
casos sem solução. O senador Jean-Jacques de Gucht disse que não há idade para
sofrer e que por este motivo é importante autorizar a eutanásia. “É importante
que tenhamos um arcabouço jurídico para os médicos confrontados com a demanda
de hoje e também para a dos menores, para os menores capacitados. Esses são os
que devem ter a liberdade de escolher como vão lidar com o sofrimento”, disse. Já
para o senador Els Van Hoof as crianças não podem decidir se aceitam ou não que
suas vidas sejam interrompidas, pois elas não conseguem compreender o que é a
morte. “Acho que as crianças não entendem a natureza da morte, não entendem a
irreversibilidade da morte”, disse ele que é contra. Van Hoof sabe que nesses
casos quem vai decidir serão os pais e os médicos. A eutanásia entre adultos já
é uma prática frequente no país. Só em 2012 foram 1.432 casos, 25% a mais que
no ano anterior. Com informações BBC.
Nenhum comentário
Postar um comentário