FRENTE PARLAMENTAR EVANGÉLICA ESTIMA CRESCIMENTO DE 30% EM SUA BANCADA PARA 2014
Com a proximidade das eleições de 2014, diversas projeções são
feitas em relação à distribuição do poder político de país e da
representatividade dos mais diversos setores da sociedade. Entre esses estão os
evangélicos que, segundo estimativa da Frente Parlamentar Evangélica da Câmara
dos Deputados, deve ter um crescimento de 30% em sua bancada no próximo ano. A
estimativa é de que os parlamentares ligados a igrejas evangélicas passem dos
atuais 73 parlamentares para até 95 – ocupando algo em torno de 18% das
cadeiras disponíveis. De acordo com especialistas, tais números são bastante
prováveis, tendo em vista a força alcançada por esse segmento da sociedade, que
representa atualmente 22% de toda a população brasileira. A presença dos
evangélicos nunca foi tão grande. O debate (pautado pelo grupo) cresceu em
eleições e no Legislativo – afirma a cientista política e professora da
Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Maria do Socorro Sousa Braga. Alvo
de diversas polêmicas em 2013, sobretudo depois que assumiu a residência da
Comissão de Direitos Humanos, o deputado pastor Marcos Feliciano (PSC-SP) se
coloca com um dos principais catalizadores desse crescimento. Minha
participação na comissão despertou católicos, evangélicos e espíritas – afirma
o parlamentar. A projeção para as eleições de 2014 são também de que temas que
pautam os discursos de muitos desses parlamentares evangélicos ganhem grande
atenção nos debates eleitorais, como em 2010, quando caros aos evangélicos,
como o aborto, pautaram a disputa direta entre Dilma Rousseff (PT) e Jose Serra
(PSDB). De acordo com o Estadão, a atenção a esses temas é reforçada por
afirmações de políticos como o deputado João Campos (PSDB-GO), presidente da
Frente Parlamentar Evangélica, que afirma que o grupo não deve abrir mão de
seus posicionamentos, independente de seus interesses partidários. Sou do PSDB e meu candidato é o Aécio, mas não
vou protegê-lo. Em todos os temas relacionados à defesa da vida, da família
natural, à liberdade religiosa, que são valores da sociedade, os candidatos
terão que se posicionar – afirma Campos. O possível crescimento da
representatividade dos evangélicos é vista com desconfiança por críticos, como
o deputado e ativista gay Jean Wyllys (PSOL-RJ), que afirma que “partidos
ligados aos religiosos já estão se esforçando para pautar as eleições com a
temática contra o casamento gay, o aborto e a criminalização das drogas”.
- Querem, de maneira geral,
rebaixar o debate para questões morais e comportamentais – critica Wyllys. Por
Dan Martins, para o Gospel+
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