DE OLHO NA PERSEGUIÇÃO AOS CRISTÃOS NA INDONÉSIA “ACREDITO QUE DEUS PERMITE A PERSEGUIÇÃO PARA QUE NOSSO RELACIONAMENTO COM ELE CRESÇA”, PASTOR INDONÉSIO
A Indonésia é um país com mais de
360 diferentes etnias, 700 dialetos e composto por mais de 17 mil ilhas. Todos
esses contrastes que formam o país, independente desde 1949, estão refletidos
nas relações sociais e influenciam o cotidiano religioso dos indonésios. O país
oscilou nos últimos dois anos (2013-2014) entre a 46ª e a 45ª posição na
Classificação da Perseguição Religiosa, lista atualizada anualmente pela Portas
Abertas que revela as 50 nações mais opressoras aos cristãos. Passando por
importantes transformações, a Indonésia tem se desenvolvido muito rápido
economicamente nos últimos anos, resultando no crescimento da classe média,
predominantemente urbana, e na prosperidade do país. Tem havido também debates
mais abertos no parlamento do país sobre questões relevantes à população, o que
não existia há algum tempo. Isso é resultado direto de um crescimento e maior
abertura da mídia, que tem exposto em seus noticiários os constantes ataques às
minorias religiosas e a corrupção desenfreada. Mas essa suposta abertura
religiosa é relativa, já que menos da metade da população vive nos centros
urbanos e está sob os holofotes da mídia. De maneira geral, a Igreja não sofre
perseguição direta do governo, mas de grupos radicais islâmicos que, por sua
vez, exercem muita influência na opinião pública e nas lideranças políticas
regionais e locais. Por conta da pressão exercida por esses grupos radicais e
por seus militantes que estão nos órgãos públicos do país, algumas províncias
como Aceh, Java, Sulawesi e Sumatra têm adotado a prática da lei islâmica
(Sharia). Uma das maiores dificuldades que a Igreja enfrenta é com relação à
abertura de templos. Um decreto-lei de 2006 diz que para a abertura de uma
igreja é necessário que ela tenha no mínimo 90 membros, obtenha o consentimento
de pelo menos 60 vizinhos que professem outras religiões, consiga a aprovação
do chefe da província ou vilarejo e do Fórum de Integração Religiosa. Apesar de
todas as dificuldades, a Igreja continua crescendo no país. Acredita-se que os
cristãos correspondam hoje a 10% de sua população total. Continue orando para
que a Igreja indonésia tenha mais abertura para cultuar a Deus e compartilhar o
amor de Cristo.
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