FELICIANO CRITICA MARIA DO ROSÁRIO POR DECLARAÇÃO SOBRE BRASILEIRO EXECUTADO “SUJEITO NÃO ERA HERÓI, ERA TRAFICANTE”, COMENTOU DEPUTADA
A
execução do brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, fuzilado na Indonésia na
madrugada de domingo (18), dividiu opiniões e gerou diferentes reações. Porém,
um post feito pela ex-ministra da Secretaria dos Direitos Humanos da
Presidência da República e atual deputada federal pelo PT Maria do Rosário
causou polêmica. No
comentário feito através do Twitter, ela criticou o interesse das pessoas no
destino das cinzas do brasileiro. Após o fuzilamento e a constatação da morte,
o corpo passou por uma limpeza feita pelos médicos e pela equipe de
embalsamamento. Ele foi reconhecido e, por fim, conduzido até o crematório. Uma
tia do brasileiro, Maria de Lourdes Archer, estava na Indonésia e deve trazer
as cinzas do sobrinho para o Brasil. Maria do Rosário disse em sua postagem que
Marco Archer não era herói, era traficante. Preso em 2004 após tentativa de
entrar na Indonésia com 13 quilos de cocaína escondidos nos tubos de uma
asa-delta, o instrutor de voo livre teve pedidos de clemência negados e foi
executado por um pelotão de fuzilamento. O comentário da ex-ministra causou
indignação nas redes sociais e em poucos minutos diversos comentários foram
feitos condenando a afirmação da deputada. Entre os comentários o deputado
federal Pastor Marco Feliciano, ex-presidente da Comissão de Direitos Humanos e
Minorias, criticou a postura da colega, chamando de “cruel e estúpida
declaração” o post feito por Maria do Rosário. Feliciano também afirmou que se
fosse ele ou a jornalista Rachel Sheherazade os responsáveis pela fala, seriam
criticados pelos petistas. “Esquerdopatas são assim, ambíguos, maquiavélicos,
cruéis, mentirosos, falsos, arrogantes e insolentes”, comentou Feliciano. A
presidente Dilma Rousseff já havia divulgado nota em que disse estar
“consternada e indignada” com a execução do brasileiro. Dilma havia pedido para
o presidente da Indonésia para poupar a vida do brasileiro, mas não foi
atendida. O governo convocou o embaixador do Brasil em Jacarta, capital da
Indonésia, Paulo Alberto da Silveira Soares, para consultas em Brasília. No
protocolo das relações internacionais, o gesto é compreendido como um agravo no
contato entre dois países. Indonésia pediu perdão para mulher condenada por
assassinato: Mesmo sem atender aos pedidos de clemência em favor do brasileiro
preso por tráfico de drogas, a Indonésia pede clemência à Arábia Saudita para
poupar a vida de Satinah Binti Jumadi Ahmad, que foi condenada por assassinar e
roubar sua empregadora. De acordo com a ONG internacional Human Rights Watch, a
Indonésia faz um apelo formal ao rei da Arábia Saudita, Abdullah, para que a
execução seja suspensa.
Nenhum comentário
Postar um comentário