A SITUAÇÃO GERAL - HISTÓRIA DA IGREJA CRISTÃ - ASSOCIAÇÃO DE SEMINÁRIOS TEOLÓGICOS EVANGÉLICOS
Na
época do nascimento de Cristo, as terras circunvizinhas ao mar Mediterrâneo
estavam sob o controle de Roma, cujo impirio abrangia náo somente os territórios
costeiros mas também as terras interiores. Limitado pelo oceano e pelos rios
Reno e Danúbio ao norte do Mediterrâneo, esse império abarcava o norte da
África e o Egito e se estendia para o Orienre até as fronteiras com a kmênia e
o império persa. No século e meio antes do surgimento do cristianismo, a
influência do senado e do povo romano foi estendida desde a Itália, de forma a
incluir não apenas a Gália, a Espanha e o norte da África no Ocidente, mas
também no Oriente, as monarquias helenísticas que haviam sucçdido ao império de
Alexandre Magno. Esse período de expatlsáo coincidiu com uma era de crescente
conff ito e insrabilidade na vida social e política da república romana. O
assassinato (44 a.C.) de Júlio César, efetuado por um partido que temia a
subversáo das instituicóes repiiblicanas tradicionais, foi se- guido por
guerras civis que afetaram codas as partes dos territórios governados por Roma.
De modo geral, foi com alívio e esperanqa, portanto, que o povo saudou o
triunfo final de Otávio, sobrinho e filho adotivo de Cisal; cuja tarefa se
[ornou reconstituir o estado romano e reformar a administraçáo de suas
províncias. Pi-eser- vando a forma das instiriii~óes republicanas, Augusro
(como Otávio foi oficial e reverentemente nomeado em 27 a.C. pelo senado)
eventualmente concentrou todo o poder efetivo (impeáztm) em suas próprias
rnáos, recebendo o status vitalício de tribuno do povo e depois cônsul, com o
título "cidadáo líder" (princqs). Agindo com essa autoridade, ele
colocou em ordem o governo das províncias e trouxe relati- va paz ao conjunto
do inundo mediterrâneo. 12 HISTÓRIA Dh IGREJA CRISTi O sistema imperial que
Augusco entáo estabeleceu abarcou povos de muitas lín- guas e culturas. Em
muitas regióes do império, a unidade social e política básica era - ou
tornou-se - a polis, um termo comumente mas inadequadamente craduzido como
"cidade." Isso era uma corporaçáo de cidadáos zelando pelos negócios
de um territbrio modesto cujo coração era um centro urbano de maior ou menor
tamanho. Sob a égide romana, tais corporaqóes cívicas - que em sua maior parte
eram governa- das ~ligar~uicarnente - ficaram responsáveis por seus próprios
negócios locais c tam- bém pelos impostos que sustentavam o estado imperial e
seus ex6rcitos. Cada cidade portanto supria o necessário para o culto à
divindade ou divindades, que eram seus patronos, para a administração da
justiça e para o bem-estar de seus cidadáos e ou- tros residentes. Cada cidade
era um foco de orgulho local, com suas raízes econômi- cas na área rural
circunvizinha. Conjuntamente, o império era uina muitidáo de agrupamentos
étnicos, culturais e religiosos mantidos juntos por uma submissão política
comum, pela interdependência econômica e comercial e pelo compartilhar de uma
cultura superi- or. Politicamente, tudo dependia de Roma, seu imperador e seus
exércitos, tanto para a rnanutenqáo da ordem interna como para a prote~áo das
fronteiras exteriores da civiiizaçáo mediterrânea, onde a maioria das legióes
estavam estacionadas. Den- tro do impkrio, a principal fonte de riqueza era a
rerra e seus produtos, e a agricultu- ra era a atividade principal. As
comunidades distantes do Mediterrâneo e seus rios tributários viviam em sua
maior parte da prod~qáo local, mas as cidades do litoral - especialmente os grandes
centros cosmopolitas corno Roma - eram dependentes de um vigoroso comércio de
gêneros alimentícios da vida cotidiana: cereal, vinho e olivas. O cereal do
norre da África alimentava a população de Roma e, mais tarde.
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