CRIMINOSOS ACUSADOS NO CASO MALATYA SÃO SOLTOS UM TRIBUNAL TURCO DETERMINOU A SOLTURA DE DOIS EX-OFICIAIS MILITARES E DE UM INVESTIGADOR ISLÂMICO, QUE ESTAVAM PRESOS POR QUASE QUATRO ANOS, SUSPEITOS DE ENVOLVIMENTO NO ASSASSINATO DE TRÊS CRISTÃOS NO SUL DA TURQUIA, EM 2007
Na 101ª audiência do caso, em 21
de janeiro, o primeiro tribunal criminal de Malatya determinou que Mehmet
Ulger, Haydar Yesil e Ruhi Abat
aguardassem o encerramento do caso em liberdade. “Isso é uma vergonha, que nos
deixa sem esperança”, afirmou o líder protestante Umut Sahin, presente no
momento da leitura da decisão. “Infelizmente o caso ainda deve durar pelo menos
mais um ano.” “Não estamos surpresos”, lamentou o advogado Erdal Dogan, após o
anúncio da decisão da Corte por três juízes e dois promotores. Ele notou que a
manipulação política tem mudado o andamento do caso nos últimos 12 meses.
Juntamente com Hursit Tolon, acusado de ser o mentor dos assassinatos e que foi
solto em junho do ano passado, os outros três suspeitos afirmam que as mortes
foram planejadas pelo movimento Hizmet, liderado pelo estudioso muçulmano
Fetullah Gulen , ex-aliado do governo e, agora, inimigo. Um dia antes da
audiência, o advogado de Gulen, Muruallah Albayrak, emitiu uma declaração
acusando o governo turco de “despejar os assassinatos não resolvidos” nas
costas do movimento liderado por Gulen. O presidente turco, Receo Tayyip
Erdogan, classificou o grupo de Gulen de uma conspiração ilegal e paralela que
pretende derrubar os processos judiciais e o partido. O réu Abat afirmou que as
acusações contra ele estavam “desinformadas”, idealizadas por um estado
paralelo e afirmou: “estou com o presidente Erdogan até o fim e sempre o
apoiarei”. Abat deixou a prisão acompanhado de seus amigos, também acusados. A
família estava aguardando do lado de
fora. “Nossas prisões foram feitas em um processo sujo”, afirmou. Sob ordem da
justiça, eles estão impedidos de deixar o país até o término do julgamento. O
que se pede aos cinco acusados é a prisão perpétua sem direito à liberdade
condicional. Eles estavam presos em casa desde 2014, monitorados com
dispositivos de rastreamento. O caso já dura mais de sete anos. O brutal
assassinato a facadas dos cristãos turcos, Necati Aydin, Ugur Yuksel e German
Tilmann Geske, completará oito anos em 18 de abril.
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