EDUARDO CUNHA, INTEGRANTE DA BANCADA EVANGÉLICA, É ELEITO PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS
O
deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), integrante da bancada evangélica, foi eleito
presidente da Câmara dos Deputados no domingo, 01 de fevereiro, com 267 votos,
vencendo Arlindo Chinaglia (PT-SP), que recebeu 136 votos; Júlio Delgado
(PSB-MG), 100 votos; e Chico Alencar (PSOL-RJ), 8 votos. Cunha recebeu 10 votos
a mais que o mínimo necessário para ser eleito em primeiro turno, e sua vitória
para presidir a Câmara dos Deputados é considerada pelos analistas políticos
uma derrota do governo petista. O parlamentar foi líder da bancada de seu
partido na Câmara e ficou conhecido por endurecer as negociações com os aliados
de Dilma Rousseff (PT) durante o último mandato. Agora, à frente da casa,
poderá dar ainda mais trabalho à presidente, já que a bancada governista é
menor nessa legislatura, apesar de ainda ser maioria. Como presidente da Câmara
dos Deputados, Eduardo Cunha se torna o segundo na linha de sucessão
presidencial. Caso Dilma Rousseff renuncie ou seja destituída, e seu vice,
Michel Temer (PMDB) não possa ocupar o cargo ou abra ou abra mão, é Cunha quem
assume o posto. Às vésperas da eleição para presidência, Cunha usou uma
referência bíblica para ilustrar seu esforço em manter o grupo que o apoiava
unido: “Estamos orando, mas vamos vigiar até o último momento”, afirmou, de
acordo com informações da Folha de S. Paulo. As
negociações para a eleição da presidência se arrastaram nos últimos meses,
porém Cunha – que transita entre governistas e oposicionistas – sempre foi
visto como favorito, pois além de contar com os votos de seu partido (a maior
bancada na Câmara), contou com os votos antipetistas dos parlamentares do PSDB,
Democratas e outros partidos de oposição. Ao ser eleito, Cunha deu o tom de seu
mandato à frente dos 513 deputados federais: “Em nenhum momento falamos que
seríamos oposição e não seremos. O governo sempre terá legitimidade, mas houve
uma tentativa de ingerência do Poder Executivo e o Parlamento soube reagir. Não
temos que fazer disso uma batalha nem qualquer tipo de sequela”, disse,
mostrando que não aceitará ordens da presidente Dilma Rousseff.
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