METADE DOS PASTORES ACREDITA QUE IGREJAS DO FUTURO SERÃO APENAS ON-LINE PESQUISA MOSTRA QUE PASTORES VEEM A INTERNET COMO FERRAMENTA DE TRABALHO
Com
regularidade o Instituto Barna faz pesquisas sobre as tendências das igrejas
americanas. De maneira geral elas servem para apontar os rumos que serão
seguidos por muitas outras ao redor do mundo. A pesquisa mais recente do Barna
analisa a influência da internet no trabalho eclesiástico. A última análise
desse tipo feita pelo Instituto foi realizada no ano 2000. Hoje, cerca de 1 em
cada 7 pastores (13%) dizem que embora a internet esteja sendo usada para
“espalhar heresias espirituais e distorcer o cristianismo”, tem o potencial de
“espalhar o cristianismo autêntico”. Em comparação, 17% dizia o mesmo em 2000.
Cinquenta e cinco por cento dos pastores acredita que as igrejas precisam ter
um site e significativa presença na internet para manter a sua eficácia. Em
2000, apenas 1 em 4 (26%) sentia o mesmo. Pouco mais da metade dos pastores
(54%) acredita que a presença significativa na internet (disponibilização de
material, textos, mp3, vídeos, etc….) é um bom investimento do dinheiro de sua
igreja. Em 2000, apenas 1 em cada 3 (31%) concordava com isso. Nesses quinze
anos, a internet influenciou muito a maneira das pessoas se comunicarem.
Especialmente com a popularização das redes sociais e o surgimento dos
smartphones. Talvez por isso, 47% dos pastores de hoje concordam que a
tendência é o crescimento do número de pessoas que vão vivenciar a sua fé
exclusivamente através da internet dentro da próxima década. Para 11% isso é
“inevitável” e apenas 17% acreditam que isso não ocorrerá de maneira nenhuma
(eram 26% em 2000). Isso é um problema? Teologicamente não, de acordo com 9 em
cada 10 pastores. Oitenta e sete por cento disse ao Grupo Barna que é
“teologicamente aceitável” buscar a “assistência fé” ou “ter experiências
religiosas” on-line. Quase 4 em cada 10 pastores (39%) dizem que eles mesmos já
fazem isso de alguma maneira. Em 2000 a maioria (78%) não acreditava que as
experiências religiosas apenas online eram teologicamente aceitáveis, e apenas
15% admitiam usar a internet para sua própria edificação. Entre as outras
descobertas do Barna destaca-se que o uso de computadores como essencial.
Apenas 4% dos pastores não acreditam nisso. Em 2000, a rejeição era de 17%. Com
isso, as redes sociais passaram a ser como uma ferramenta de trabalho para a
maioria dos pastores. Mais da metade deles afirmam que suas igrejas (57%) usam
ativamente o Facebook, enquanto 21% usa o Twitter. Individualmente, dois terços
dos pastores (66%) relatam ter perfil no Facebook, enquanto quase um quarto
afirmava usar o Twitter ou ter um blog pessoal (23% e 22%, respectivamente). O
foco principal é o de manter relacionamentos (80% comparado com 64% em 2000).
Também admitem usar a internet para “experiências religiosas” (39% versus 15%
em 2000) e evangelização (26% contra 9% em 2000). Analisando a tendência
Roxanne Stone, a vice-presidente do Barna Group acredita que a popularização
dos videos e mp3 compartilhados e o fácil acesso a sermões de todo tipo de
igreja tem influenciado os cristãos mais do que se pode calcular. “Pastores e
líderes de igrejas cada vez mais percebem o quanto do seu ministério real agora
acontece on-line… Além disso, a maioria dos líderes conhecem o potencial de
ligação contínua com os membros e visitantes através da Internet. Podcasts, a
mídia social, blogs, perguntas e debate sobre o sermão e até mesmo pedidos de
oração da comunidade. Não importa o tamanho da igreja, a Internet tornou-se e
vai continuar sendo uma ferramenta vital para a divulgação do evangelho e até
mesmo na formação espiritual”, afirmou. Contudo, ela acredita que a maioria dos
pastores não aceita facilmente que a Internet poderia substituir a igreja local
como meio de comunhão espiritual ou crescimento para as pessoas. “Grande parte
do trabalho de um pastor é focado na presença: a presença de uma comunidade de
crentes, a presença na comunhão [ceia], presença no serviço dos outros, a
presença na oração e adoração comunitária. A Internet pode oferecer um
complemento importante e acessível a estas atividades físicas, mas os pastores
não estão preparados para admitir que elas podem substituir totalmente a
experiência no mundo real”. Com informações Christianity Today.

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