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MINISTÉRIO EM DEFESA DA FÉ APOSTÓLICA


PASTOR SERGIO LOURENÇO JUNIOR - REGISTRO CONSELHO DE PASTORES - CPESP - 2419

JOHN OWEN E TOLERÂNCIA - 5 PECADOS QUE AMEAÇAM OS CALVINISTAS - SOLANO PORTELA

Um dos maiores teólogos e expositores da Palavra de Deus que já existiu, o puritano John Owen (1616-1683), viveu em uma era retratada por muitos como uma época de intolerância. Owen era realmente intransigente, com relação às doutrinas cardeais do evangelho, mas, surpreendentemente, ele era extremamente tolerante com aqueles que não compartilhavam a sua interpretação da Palavra de Deus. Naquela ocasião ele era conselheiro de governantes e respeitado por esses. Não seria inusitado, para a época, valer-se de sua posição de influência para promover expurgos e perseguições religiosas. Muitos assim o fizeram. Owen, entretanto, proferiu vários sermões e escritos defendendo a tolerância e o tratamento amoroso da falta de entendimento de muitos. Poderíamos dizer que Owen teve esta coragem de “remar contra a maré” da sua época, defendendo um tratamento meramente eclesiástico das questões religiosas, consciente de que o Senhor era o legítimo proprietário das consciências, a quem os homens haveriam de prestar contas por suas persuasões e convicções. Em um de seus sermões ele retrata bem a intransigência de Paulo, quando declara: “Algumas coisas, na realidade, estão tão claramente estabelecidas nas escrituras e tão bem determinadas, que não é possível questioná-las ou negá-las”.(8) Owen continua, entretanto, e se posiciona em defesa da tolerância, refletindo uma atitude que, comparada com a nossa intolerância contumaz, deveria nos envergonhar, tamanha é a sua sensibilidade. Escreve ele: …mas, geralmente, erros ocorrem em coisas de difícil compreensão, que não são tão claras e evidentes… Com relação a tais, é muito difícil classificá-las de heresias. A sensibilidade de nossos próprios males, falhas, incompreensões, escuridão e o nosso conhecimento parcial, deveria operar em nós uma opinião caridosa para com as pobres criaturas que, encontrando-se em erro, assim estão com os corações sinceros e retos, com postura semelhante aos que estão com a verdade.(9) Em 1648 Owen pregou um extenso sermão no Parlamento Britânico, na Câmara dos Comuns, intitulado “Sobre Tolerância”, no qual defendeu, mais uma vez a demonstração do amor cristão e a não-intervenção dos poderes governamentais nas diferenças de opiniões eclesiásticas.(10)

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