ABORTO: SENADO E CÂMARA DISCUTIRÃO TEMA SENADOR PAULO PAIM ADMITE QUE O TEMA ABORTO É “SUPER POLÊMICO”, MAS OBSERVOU QUE ISSO "NÃO PREJUDICA A BOA CONVERSA"
O
senador petista Paulo Paim, que é presidente da Comissão de Direitos Humanos do
Senado, anunciou que pretende promover um “amplo debate” sobre a proposta de
legalização do o aborto até a 12ª semana de gestação. A proposta foi
encaminhada com apoio de 20 mil pessoas que participaram do programa
e-Cidadania. Porém, o relator atual da sugestão na CDH é o senador evangélico
Magno Malta, que milita contra a legalização do aborto no Brasil. Paulo Paim,
escaldado pelas reações de cristãos, admite que o tema aborto é polêmico e o
diálogo necessário. “Vamos convidar pessoas que sejam a favor e contra. Vamos
debater exaustivamente” prometeu. Francamente contrário ao aborto, Magno Malta
garantiu que colocará o tema em debate. O senador quer até cinco audiências
públicas para ouvir a sociedade. “É preciso um amplo debate. E eu gostaria de
ser convencido, mas acho muito difícil alguém me convencer. Minha posição é
clara; nunca escondi. O que precisamos é botar luz nesse debate”, afirmou o
senador. Jean Wyllys apresenta projeto na Câmara: Enquanto no Senado a proposta
que trata da legalização do aborto até o fim do terceiro mês de gravidez veio
de uma iniciativa popular, na Câmara dos Deputados a ideia foi apresentada por
um parlamentar. O deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) apresentou o projeto que
estabelece as políticas públicas no de saúde sexual e direitos reprodutivos,
além de legalizar e regulamentar a prática do aborto seguro. O PL 882/2015, que
ainda aguarda o despacho do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), determina que toda mulher tem o direito de interromper
voluntariamente a gravidez nos serviços do SUS ou na rede médica privada
durante as primeiras doze semanas de gestação.
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