AL SHABAAB ATACA UNIVERSIDADE NO QUÊNIA E DEIXA 147 MORTOS CERCO À INSTITUIÇÃO TERMINOU COM A MORTE DE QUATRO TERRORISTAS ATIRADORES MASCARADOS LIGADOS AO GRUPO RADICAL ISLÂMICO AL SHABAAB, DA SOMÁLIA, INVADIRAM UMA UNIVERSIDADE DO NORTE DO QUÊNIA, NESTA QUINTA, E ATACARAM ESTUDANTES CRISTÃOS. FORAM 147 MORTOS E DEZENAS DE FERIDOS
As
forças de segurança chegaram a isolar os atiradores em um dormitório na
Universidade de Garissa, onde os cristãos foram mantidos reféns. Segundo a
polícia, o cerco ao local terminou com a morte dos quatro autores do ataque. No
meio da tarde, já se somavam mais de 80 feridos, alguns gravemente, atingidos
com tiros de fuzis. As operações de cerco à universidade duraram mais de 11
horas e todos os reféns foram resgatados com vida. O grupo extremista islâmico
Al Shabaab, ligado à Al Qaeda, emitiu uma nota assumindo responsabilidade pelo
ataque. Sediados na Somália, os terroristas do Al Shabaab frequentemente cruzam
a fronteira para realizar atentados no Quênia. A cidade de Garissa, onde fica a
universidade atacada, está localizada a 200 quilômetros da Somália. Um
porta-voz do grupo radical, Sheikh Ali Mohamud Rage, em uma ligação telefônica
à agência France-Presse, afirmou que a ação é uma vingança contra a intervenção
de tropas do Quênia na Somália. "O Quênia está em guerra com a Somália,
nosso povo continua lá, eles estão lutando e sua missão é matar os que são
contrários ao Al Shabaab", disse, referindo-se à ação conjunta de países
africanos para combater os terroristas. Em 2014, pelo menos 200 pessoas
morreram e centenas ficaram feridas no Quênia em ataques reivindicados pelo Al
Shabaab. As regiões do Quênia situadas na fronteira com a Somália, e em
particular as áreas de Mandera e Wajir, assim como a de Garissa, são cenários
frequentes de ataques do grupo. O ataque de maior impacto reivindicado pelos
terroristas somalis foi a invasão, em setembro de 2013, do shopping Westgate em
Nairóbi, que terminou com 67 mortos. A Somália, país de origem do Al Shabaab
está na segunda posição na Classificação da Perseguição Religiosa e o Quênia,
em 19ª posição.
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