MÉDICO QUE NEGOU REALIZAR ABORTO POR RAZÃO DE FÉ É ABSOLVIDO PELA RECUSA ELE PERDEU O CARGO DE DIRETOR DO HOSPITAL E AGORA TENTARÁ SER READMITIDO
O comitê disciplinar absolveu o médico
polonês Bogdan Chazan que se negou a realizar um aborto alegando motivações
religiosas. O caso aconteceu há um ano quando ele se recusou a interromper a
gravidez de uma mulher cujo feto estava em má-formação. As leis do país liberam
o procedimento para casos como esse, mas Chazan, que era diretor do hospital da
Sagrada Família de Varsóvia, preferiu não realizar o aborto. Por conta disso
ele foi acusado de maltratar pacientes e até perdeu seu cargo no hospital. A
decisão do comitê, dada nesta sexta-feira (12) alega que a recusa do médico
“não justifica denúncias por má prática no tratamento aos pacientes”. Em sua
defesa, Chazan alegou a cláusula de consciência e afirmou que é um católico
praticante e, portanto, reprova o aborto em qualquer circunstância. Já o
Ministério polonês de Saúde considerava que ao se negar realizar o
procedimento, o médico teria facilidade à paciente procurar por um centro
alternativo para interromper a gravidez. Com a nova decisão, Chazan – que é um
reconhecido professor de ginecologia – quer seu cargo de diretor de volta.
“Sofri uma pena muito dura (a demissão) e considero que não foi nem razoável nem
justa”, disse ele.
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