PASTOR E DEPUTADO FEDERAL MARCO FELICIANO FALA SOBRE A SUA CONVERSÃO
Como guarda-mirim, trabalhei em vários estabelecimentos comerciais e trago comigo algo que hoje me deixa muito orgulhoso: fui vendedor de sapatos em uma loja chamada Adriana Calçados. Você deve estar se perguntando porquê. Ora, todo pregador conhece a história do "príncipe dos pregadores", D. L. Moody, que trabalhou como sapateiro. Enfim, temos, eu e ele, algo em comum: além de sermos pregadores, lidávamos com sapatos. Teria nosso Deus algo com os vendedores e consertadores de sapatos?
Foi nesta loja, ao lado de meu ex-patrão, o Sr. Antônio Segantini, hoje tesoureiro da Igreja onde congrego, que voltei a ter interesse pelas coisas de Deus. Lembro-me muito bem que o Sr. Segantini, homem experiente, não misturava devoção com obrigação, mas, como todo ganhador de almas, "sábio era", deixava a Bíblia aberta perto da caixa-registradora e, então, um dia, eu, um menino curioso, indaguei-lhe acerca do herói bíblico Davi, que havia matado o gigante, e ele, prontamente, me mostrou na Bíblia aquela linda e imponente história... meus olhos brilhavam... Afinal, com Davi eu também tinha algo em comum: a pequena estatura.
Havia um grande desejo em meu coração: o de trabalhar em algum escritório, e o Sr. Segantini conhecia este desejo, o qual ajudou-me a realizar. Encaminhou-me para um escritório onde trabalhei alguns anos, ura escritório de fazendas, ao lado de dois grandes homens de Deus que marcaram minha vida: os irmãos Ronaldo Pulhes e Valdeci Otávio. Este último hoje, para glória de Deus, é meu secretário direto.
Trabalhando ao lado do irmão Ronaldo, algo nele me chamava a atenção: a sua calma, simplicidade e a música que volta e meia ele assobiava, que depois descobri e aprendi a cantar. Era o corinho:
Deus está aqui, aleluia, tão certo como o ar que eu respiro,
Tão certo como o amanhã que se levanta,
Tão certo como eu te falo e podes me ouvir...
Aprendi a amá-los, ao corinho e ao Ronaldo. Este me levou a conhecer Jesus, cuidou de mim, me fez seu discípulo, ensinou-me que Deus me amava e que Ele podia mudar a minha vida.
Em meados de fevereiro de 1987, em uma quinta-feira após o carnaval, lá estava eu, em casa, ansioso, eram 19:05 e aguardava o irmão Ronaldo para irmos ao culto. Pelo caminho ele dizia coisas a respeito de Deus e Sua obra, aquilo me fascinava, pois ele dizia que faria parte daquele projeto se aceitasse a Jesus...
Chegando na Igreja sentei-me ao lado de um jovem chamado Márcio Cestari, e lembro-me de tê-lo ouvido falar palavras ininteligíveis que me assustavam, pois me davam arrepios. Vim descobrir mais tarde que aquilo era o tal do batismo com o Espírito Santo, hoje, uma marca poderosa em meu ministério.
Chegada a hora do apelo, com o corpo trêmulo, levantei
minha mão. O presbítero, irmão Jonas, era quem pregava e fazia o apelo. Quem já o ouvira pregar sabia que não havia como recusar o convite. Lembro-me de ter sido o único a aceitar Jesus naquela quinta-feira, e para mim, foi ótimo, pois toda a bênção daquela noite veio em minha direção.
Naquela noite eu ouvi a mesma voz da paróquia romana: - Eu sou o Senhor que o chamou. Vou usar a sua vida na minha obra.
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