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MINISTÉRIO EM DEFESA DA FÉ APOSTÓLICA


PASTOR SERGIO LOURENÇO JUNIOR - REGISTRO CONSELHO DE PASTORES - CPESP - 2419

“CRISTO, O FIM DA LEI” (PARTE 2), POR CHARLES SPURGEON

Primeiro ponto: Cristo em conexão com a lei. A lei é que, como pecadores, nós temos, acima de todas as coisas, motivos para temer, pois o agulhão da morte é o pecado e a força do pecado é a lei. Os dardos da lei vêm sobre nós com chamas devoradores, pois a lei nos condena e em termos solenes nos aponta um lugar entre os amaldiçoados, como está escrito, “Maldito todo aquele que não persiste em praticar todas as coisas escritas no livro da Lei” No entanto, que estranha paixão! Como a fascinação que atrai o mosquito à vela que queima suas asas, os homens, por sua natureza, voam para a lei para obter a salvação a qual não será conseguida. A lei não pode fazer nada além de revelar o pecado e pronunciar condenação sobre o pecador. E ainda assim nós não conseguimos afastar os homens da lei, mesmo que nós mostremos quão docemente Jesus se põe sobre eles e a lei. Eles estão tão enamorados da esperança legal que eles se apegam a isso quando não há nada mais a que se apegar – eles preferem o Sinai ao Calvário, mesmo que o Sinai não tenha nada para eles além de trovões e anúncios de trombeta do julgamento vindouro! Oh, que por algum tempo você ouça ansiosamente enquanto eu anuncio Jesus, meu Senhor, para que você veja a lei Nele! Agora, o que tem o nosso Senhor a ver com a lei? Ele tem tudo a ver, pois Ele é o fim dela, pelo mais nobre objetivo, a retidão! Ele é o “fim da lei”. E o que isso significa? Eu acho que significa três coisas. Primeiro, que Cristo é o propósito e objetivo da lei. Segundo, que Ele é o cumprimento da lei, e terceiro, Ele é a conclusão dela. Primeiro, então, nosso Senhor Jesus Cristo é o propósito e objetivo da lei. Ela nos foi dada para nos levar até Ele. A lei é nossa professora que nos guia até Cristo, ou nossa assistente que nos conduz até a escola de Jesus. A lei é a grande rede na qual os peixes são pegos a fim de que o elemento do pecado seja retirado deles. A lei é o vento tempestuoso que leva almas para o porto do refúgio. A lei é o policial que joga homens nas prisões por seus pecados, botando-os debaixo de toda condenação para que eles procurem pela graça de Deus, a fim de receber libertação. Esse é o objetivo da lei – ela esvazia, para que a graça possa encher – e fere, para que a misericórdia possa curar. Nunca foi a intenção de Deus para conosco, como homens caídos, que a lei fosse nos dada como um meio de salvação, porque ela nunca poderá ser um meio de salvação. Se o homem nunca tivesse caído, se a sua natureza tivesse permanecido como Deus fez, a lei teria sido mais útil para mostrá-lo a forma como ele deveria andar. E por guardar a lei, ele teria vivido, porque “o homem que praticar meus decretos e ordenanças viverá por eles”. Mas desde que o homem caiu, o Senhor não propôs a ele um meio de salvação pelas obras, pois Ele sabe que isto seria impossível para uma criatura pecaminosa. A lei já foi quebrada e o que quer que o homem faça, ele não pode reparar o dano que ele já causou. Portanto, ele perdeu a audiência no quesito de mérito. A lei requer perfeição, mas o homem já está aquém disso, então mesmo que ele faça o seu melhor, ele não pode realizar o que é absolutamente essencial. A lei é feita para guiar o pecador para a fé em Cristo ao mostrar a impossibilidade de qualquer outro caminho! É o cão que leva a ovelha para o pastor. É o ardor que leva o viajante à sombra de uma grande rocha em uma terra cansada. Perceba como a lei é adaptada para isso, pois, antes de tudo, mostra ao homem seu próprio pecado. Leia os 10 Mandamentos e trema ao lê-los. Quem pode deixar seu próprio caráter para baixo, lado a lado, com os dois tabletes dos preceitos divinos sem de uma vez só ser convencido de que ele está aquém do padrão? Quando a lei vem para nossa alma, é como a luz em um quarto escuro revelando o pó e a terra que não teria sido percebidos se não fosse por ela. É o teste que detecta a presença do veneno do pecado na alma. “Antes eu vivia sem a lei”, disse o apóstolo, “mas quando o mandamento veio, o pecado reviveu, e eu morri”. Nossa beleza se esvai completamente quando a lei sopra sobre ela. Preste atenção nos mandamentos, eu digo, e lembre-se de quão completos eles são, quão espirituais, quão vatos! Eles não tocam meramente nos atos externos, mas mergulham nos nossos motivos mais internos e lidam com o coração, a mente e alma! Existe um significado mais profundo nos mandamentos do que se aparenta. Contemple as profundezas dos mandamentos, e veja quão terrível a santidade que eles requerem é! Ao passo que você entende o que a lei demanda, você perceberá quão longe você está de executá-la e como o pecado abunda onde você achava que havia pouco ou nada dele. Você achava ser rico cheio de bens, e sem necessidade de nada, mas quando a lei o visita, sua falência espiritual e penúria absoluta o encaram face a face. Um verdadeiro equilíbrio se faz com pouco peso e esse é o primeiro efeito da lei sobre a consciência do homem.

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