NA IGREJA DO IRMÃO SMALE - A HISTÓRIA DO AVIVAMENTO AZUZA - FRANK BARTLEMAN
No dia 17 de junho, fui a Los Angeles para assistir a
reunião da Primeira Igreja Batista. Eles, também,
esperavam em Deus por um derramamento do Espírito ali.
Seu pastor, Joseph Smale, acabara de voltar do País de Gales
onde estivera em contato com o avivamento e com Evan
Roberts, e estava na sua própria igreja em Los Angeles. Esse
encontro parecia estar em perfeito acordo com a minha
visão, tarefa e desejo, e passei duas horas na igreja orando,
antes da reunião da noite. As reuniões estavam sendo
realizadas ali dia e noite, diariamente, e Deus estava
presente.
Uma tarde comecei a reunião em Los Angeles,
enquanto esperava que Smale aparecesse. Eu os exortei a
não esperar pelos homens, mas a esperar em Deus.
Eles estavam esperando em alguma grande figura
humana; era o mesmo espírito de idolatria que havia sido
uma praga para igreja e que impedira a ação de Deus
através dos séculos. Como os filhos de Israel, o povo
precisava ter "um outro Deus diante do Senhor." (Em
algumas igrejas oficiais na Europa, o pastor é muitas
vezes conhecido como "o pequeno deus!") Começamos o culto
da noite nos degraus do templo, do lado de fora, enquanto
esperávamos que o Zelador chagasse com a chave. Tivemos
um período de oração em favor da comunidade vizinha. A reunião foi uma marcha progressiva de vitória.
Depois fui para o Parque Lamanda, e após a pregação passei a noite na casa paroquial orando e dormindo alternadamente. Eu queria uma revelação maior de Jesus PARA MIM MESMO. Como a lua cheia que fica mais e mais nítida e mais próxima à medida que a contemplamos incessantemente, assim também Jesus fica mais real às nossas almas à medida que o contemplamos. Precisamos de um relacionamento mais íntimo, vivo, e pessoal com Deus, e de conhecimento e comunhão maior com Ele. Só o homem que vive em comunhão com a realidade divina está habilitado a levar as pessoas à Deus.
Fui à igreja de Smale outra vez e novamente encontrei as pessoas sem ânimo, esperando o pregador aparecer. Muitas pareciam nem ter idéia definida a respeito do que esperavam que acontecesse! Comecei a orar em voz alta e a reunião se iniciou com poder. Estava já com força total quando o irmão Smale chegou. Deus queria que as pessoas olhassem apenas para Ele e não para algum homem. Aqueles que não colocavam a glória do Senhor em primeiro lugar, naturalmente se ressentiam disto. Contudo este é o plano de Deus.
Verifiquei que a maioria dos cristãos não queriam aumentar sua carga de oração. Era difícil demais para a carne! Eu carregava agora uma carga cada vez mais volumosa, noite e dia. O ministério era intenso. Era a "comunhão dos seus sofrimentos" (Filipenses 3:10), a angústia de alma "com gemidos inexprimíveis" (Romanos 8:26, 27). Muitos crentes acham mais fácil criticar do que orar...
Um dia eu estava sobre uma carga tremenda de oração. Fui à casa de oração do irmão Manley, caí no altar e ali
aliviei minha alma. Um obreiro entrou correndo e pediu que orasse por ele. Naquela noite fui a uma reunião e encontrei um outro jovem, Edward Boehmer, que havia sido tocado por Deus nas reuniões de Peniel, no outono, e que tinha o mesmo fardo de oração sobre si. Ele estava destinado a ser meu companheiro de oração no futuro. Fomos unidos no Espírito daquele dia em diante de forma maravilhosa. Oramos juntos na pequena Missão Peniel até às duas horas da manhã. Deus encontrou-Se conosco e nos fortaleceu maravilhosamente enquanto lutávamos com Ele por um derramamento do Espírito sobre o povo. Minha vida então estava totalmente consumida pela oração contínua. Estava orando dia e noite!
Escrevi mais artigos para a imprensa religiosa, exortando os santos a orar.
Novamente fui a igreja de Smale em Los Angeles.
Encontrei as pessoas esperando o pregador outra vez. Esta
situação me oprimia muito e tentei mostrar-lhes que só
deviam esperar pelo Senhor. Algumas se ressentiram,
pois eram muito tradicionais, mas outras aceitaram.
Afinal, estávamos orando por um avivamento como houvera
no País de Gales, onde um dos pontos principais era que
somente esperavam em Deus. As reuniões continuavam lá
com ou sem pregador. Eles vinham se encontrar com Deus.
E o Senhor vinha para estar com eles.
Eu havia escrito uma carta a Evan Roberts, pedindo que
em Gales orassem por nós na Califórnia. Recebi resposta de
que eles estavam orando, o que nos ligava, então, ao
avivamento de lá. A carta dizia: "Meu querido irmão na fé,
muito agradecido por sua carta gentil. Fiquei impressionado
com sua sinceridade e honestidade de propósitos. Reúna o
povo que está disposto a fazer uma entrega total. Ore e
espere. Creia nas promessas de Deus. Faça reuniões diárias.
Deus o abençoe, é a minha oração." Sentimo-nos muito
encorajados ao saber que estavam orando por nós em Gales.
Escrevi mais artigos e o que se segue são extratos
deles: "Um trabalho maravilhoso do Espírito irrompeu em
Los Angeles, Califórnia, precedido de um profundo
trabalho preparatório de oração e expectativa. A convicção
está se espalhando entre o povo, e as pessoas estão afluindo
de todas as partes da cidade para as reuniões da igreja do
Pr. Smale. Estas reuniões realizaram-se por si mesmas.
Pessoas estão sendo salvas por todo o auditório, enquanto a
reunião continua sem ser guiada por mãos humanas. A maré
está subindo rapidamente e nós estamos antecipando coisas
maravilhosas. A intercessão em angústia de alma está se
tornando em importante aspecto do trabalho, e estamos
sendo transportados para além das barreiras
denominacionais. O temor do Senhor está vindo sobre o
povo, um verdadeiro espírito de quebrantamento. A reunião
que começou domingo à noite durou até a madrugada do dia
seguinte. O pastor Smale profetizou coisas maravilhosas
que irão acontecer. Ele profetizou que os dons apostólicos
logo voltarão à igreja. Los Angeles é uma verdadeira
Jerusalém. Justamente o lugar certo para uma grande obra
de Deus começar. É exatamente este tipo de
demonstração de poder divino que eu tenho esperado há
algum tempo. Tenho sentido que a qualquer momento ela
surgirá. Sinto, também, que virá onde menos se espera para
que Deus receba toda a glória. Ore por um Pentecostes!"
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