HISTÓRIA DA REFORMA PROTESTANTE
O cristianismo ao longo de sua
história foi marcado por diversas polêmicas que afetaram profundamente os seus
seguidores. No século XI, por exemplo, aconteceu o Cisma do Oriente que dividiu
a Igreja em Católica do Ocidente e Católica do Oriente. Outra grande ruptura
ocorreu no século XVI, quando surgiu o processo conhecido por Reforma
Protestante, que abalou as estruturas do catolicismo e que contribuiu para o
nascimento de outras religiões. Essa reforma surgiu para criticar as práticas
estabelecidas pela Igreja Católica que por muito tempo influenciaram e
controlaram fiéis do mundo inteiro. Entre as medidas realizadas pelos líderes
católicos que motivaram a reforma destacou-se a prática da simonia, que foi o
comércio de relíquias sagradas. Essas relíquias na maioria das vezes eram
falsas e os fiéis compravam pensando que eram objetos utilizados por Cristo ou
por algum santo. As vendas de indulgências também se destacaram entre as
práticas realizadas pela Igreja. Os líderes católicos eram seguidores da
doutrina de Santo Tomás de Aquino, que defendeu a ideia de que a salvação não
se dava exclusivamente pela fé, mas sim pelas boas obras. Acreditava-se, por
exemplo, que o perdão aos pecados e a salvação eterna poderiam ser conseguidos
através do pagamento em dinheiro, que seria destinado para financiar as
despesas da Igreja. Outro mecanismo de poder da Igreja foi o monopólio da
leitura da Bíblia, que era escrita somente em Latim. A intenção era mediar o
encontro dos fiéis com o livro sagrado, que deveria ser traduzido pelos padres.
Dessa maneira, a Igreja evitava interpretações em relação ao texto sagrado que
não se encaixavam com o pensamento do alto escalão do clero. Martinho Lutero
(1483 – 1546) foi o grande idealizador da Reforma Protestante contra as
práticas de simonia e a venda de indulgências. Lutero foi um jovem alemão que
resolveu entrar para a vida religiosa após um milagre que salvou sua vida
durante uma violenta tempestade. Ao entrar para a Igreja, ele obteve contato
direto com as atitudes do catolicismo perante seus seguidores. Ao perceber as
práticas errôneas realizadas pelos membros do clero, ele resolveu aprofundar
seus estudos para criar uma maneira correta na relação entre fiel e Igreja.
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