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MINISTÉRIO EM DEFESA DA FÉ APOSTÓLICA


PASTOR SERGIO LOURENÇO JUNIOR - REGISTRO CONSELHO DE PASTORES - CPESP - 2419

O SEGUNDO MOMENTO: REAÇÃO E CONFLITO - A HISTÓRIA DA IGREJA - DUNCAN REILY

O último dos papas nomeados por Henrique foi seu primo, Bruno, o qual passou a ser papa Leão IX (1049-1054), um papa reformador e homem que ressentia a interferência leiga do Imperador nos afazeres papais. Mas o conflito vem alguns anos depois entre Hildebrando (Papa Gregório VII, anos de 1073 a 1085) e Imperador Henrique IV (de 1065 a 1106). O papa Gregório VII procurou evitar o controle da eleição papal pelas facções políticas, fazendo com que, doravante, os cardeais escolhessem o papa, sendo a eleição homologada depois pelo clero e o povo de Roma. Também, no espírito da Reforma de Cluny, se opôs à Investidura Leiga. O Imperador Henrique III escolheu e nomeou homens dignos para bispo ou papa. Mas se essas nomeações continuassem nas mãos do Imperador, o que poderia acontecer com a Igreja se subisse ao trono um imperador ruim, mais interessado no seu próprio prestígio e poder? E em qualquer caso, um imperador ou nobre certamente estaria mais interessado em ter como bispo ou papa alguém da sua confiança do que alguém que trabalhasse pelos interesses de Deus e da Igreja. Aliás, fora publicado um curioso documento no tempo do Papa Gregório VII, chamado o Dictatus, que condenava a Investidura Leiga e que fazia o Imperador responsável ao Papa e o Papa responsável só a Deus! Neste segundo momento, Henrique IV contrariou esta nova orientação. Morreu o arcebispo de Milão, e Henrique IV imediatamente nomeou um homem da sua confiança lá. Papa Gregório VII protestou e finalmente excomungou o imperador e lhe tirou sua autoridade sobre a Alemanha e Itália (1076). Para conseguir o perdão do papa, Henrique IV teve que se humilhar perante o papa, descalço, no meio do inverno italiano de 1077, perante o castelo de Canossa. O papa teve que perdoar o penitente, é claro. E, ironicamente, Henrique IV de tal forma se fortaleceu na Alemanha, que pôde também investir contra Roma, chegando a ameaçar (mas não capturar) seu inimigo, o Papa Gregório VII. Este segundo momento é um de confronto aberto, em que o Estado ainda insiste no seu direito de Investidura Leiga — e a Igreja reclama este direito para si. O resultado é briga entre Papa e Imperador, briga não só de palavras, mas até conflito armado.

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