NÃO HÁ JUSTIFICATIVA PARA O ABORTO ORA, NÃO É DE HOJE QUE O HOMEM USA BONS ARGUMENTOS PARA JUSTIFICAR A ELIMINAÇÃO DO OUTRO
O corpo é da mulher, é ela que permite que o falo masculino adentre em sua vagina e, possivelmente, fecunde seu útero. Em coisa de meia-hora, esta mulher, dona de si, dona de seu corpo, pode tornar-se portadora de uma nova vida. E este novo ser irá parasitá-la até que esteja pronto para abandonar seu corpo e seguir uma vida independente.
Recapitulando, porque têm gente que é lenta: O corpo é da mulher, que, necessitada de prazer, o “libera” para cópula com o homem. Os dois, juntos, podem gerar uma vida, que se abrigará temporariamente na mulher, aquela que, dona de si, permitiu que tudo isso começasse.
Agora me diga: em que parte dessa história há justificativa para o famoso argumento feministóide de que o corpo é da mulher e é ela que decide se aborta ou não, quando grávida?
O corpo da mulher é da mulher, o corpo do feto, futuro bebê, não! O feto mora na mulher por noves meses ou menos, mas não faz parte deste corpo, apesar de precisar dele para sobreviver nesse período. Um parasita clássico.
Fosse mesmo o feto parte do corpo da mulher, e não um parasita (ou como querem chamar) em estadia passageira, teriam as mulheres condições de gerá-lo sozinhas. Com substância exclusivamente suas, sem o auxílio do macho.
Como isto não é possível (Ainda que você compre sêmen num banco de esperma, eles saíram de alguém, certo?), a premissa correta é: O corpo é da mulher, mas nem tudo que está dentro dele é, também, “da mulher”.
E no meio dessa conversa fiada toda das feministas — ou de algumas feministas — espanta-me o fato da proposição “a corpo é da mulher, e ela faz o que quiser com ele” não ser usada para justificar uma responsabilização pelo ato que gerou aquele feto dentro dela. Como fiz questão de frisar no começo, a mulher escolhe consentir com a cópula. Não há argumentos — bons — que a eximam de não arcar com as consequência desse ato.
Abortar é uma desumanidade não só por extirpar uma vida, mas principalmente por caracterizar um perfil de ser humano desprezível, que opta pelo caminho mais largo, fácil e cômodo com um sorriso no rosto. Mal sabem os “moderninhos” que tal caminho é o que o leva a perdição.
Quando ouço a histeria de algumas mulheres, transvestida da busca por direitos (matar é um direito?), fico triste por constatar que abandonaram o respeito pela vida e pela forma sublime com que ela acontece.
As mulheres não se sentem mais honradas ou especiais por serem o veículo mais importante na mecânica da vida, no processo que gera a cada um de nós.
O que ocorre, hoje, é o inverso. A mulher, sem orgulho desta condição especial, sem consciência da nobreza que lhe foi incumbida pelo próprio Criador, incitada a odiar sua própria natureza e missão por escroques da pior espécie, opta por eliminar sua descendência.
Opta pelo crime, pela fuga, pela irresponsabilidade. Imagina se a moda pega, em outras instâncias.
Pensar em como criar esse filho, sustentá-lo, educá-lo e afins, são outros quinhentos, dificuldades que não podem servir de justificava para o assassínio do feto. Pois tenho certeza, se perguntarmos para os vivos se prefeririam ter uma infância difícil ou jamais ter nascido, a primeira opção será a resposta na maioria absoluta dos casos.
Ora, não é de hoje que o Homem usa bons argumentos para justificar a eliminação do Outro — e esse “o corpo é da mulher” nem bom é –, e nem por isso o ato em si torna-se correto.
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