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MINISTÉRIO EM DEFESA DA FÉ APOSTÓLICA


PASTOR SERGIO LOURENÇO JUNIOR - REGISTRO CONSELHO DE PASTORES - CPESP - 2419

UM DARDO APONTADO PARA VOCÊ - POR QUE CAEM OS VALENTES – PASTOR JOSÉ GONÇALVES

Há um tempo tive uma experiência que me fez lembrar da história de J. Figueroa. Eram aproximadamente 2h30min da madrugada de uma segunda-feira quando acordei. O sonho que acabara de ter deixou-me inquieto. Sonhara que um de meus irmãos que mora em um outro estado da federação acabara de chegar. Ele vestia roupas militares, trazia uma mochila sobre as cos¬tas, os seus gestos demonstravam que viera em uma missão. Havia muito tempo que não o via; quando o contemplei, indaguei-o: "O que trouxe você aqui?" A sua resposta foi direta: "Vim para avisar-lhe que há um dardo apontado para você". Foi quando despertei. Nessa época, era funcionário da Polícia Federal, e à noite dava aulas em uma escola teológica. Naquele dia fui para o serviço muito pensativo, indagava para mim mesmo: O que isso quer dizer? No meu íntimo, sentia que alguma investida do Diabo estava a caminho, mas não sabia como isso aconteceria. Na quarta-feira encontrava-me na instituição teológica da qual era professor. Não fosse um pequeno incidente ocorrido com uma aluna, aquele seria um dia normal como os outros. Aquela aluna parecia estar com muito mau humor, procurei estimulá-la para a aula, afinal era uma das melhores alunas da minha disci¬plina. Os meus esforços foram em vão. Terminada a aula, uma de suas colegas confidenciou-me algo que me fez estremecer. Per¬guntou-me se eu sabia a razão que levara aquela aluna a estar tão mal- humorada. Respondi negativamente, e ela então completou: "Ela está apaixonada por você". Jamais imaginara que aquilo fosse de fato verdade. A partir da revelação feita por aquela jovem, as imagens daquele sonho que tivera dias antes começaram a fluir na minha mente: "Há um dardo apontado para você". Sim, Satanás investira contra mim, e era exatamente sobre aquilo que o Senhor me avisara. A partir daquele momento comecei a observar de perto todos os movimentos daquela jovem com respeito a minha pessoa. Descobri que o seu mau humor devia-se ao fato de não haver correspon¬dência de minha parte aos seus sentimentos. Não tendo mais nenhuma dúvida sobre seus sentimentos em relação a mim, re¬solvi conversar com ela para pôr fim naquele ardil do Diabo. Ela ficou embaraçada, pareceu ser pega de surpresa com minha po¬sição firme em abortar aquele sentimento, mas por fim desistiu de sua fantasia. Aquele dardo inflamado do Diabo fora apagado. O Senhor me deu a vitória. Estou convencido de que forças espirituais são as grandes responsáveis pela queda de muitos obreiros, muito mais do que temos imaginado. Em geral, a nossa compreensão desses fatos é tirada de algumas conclusões meramente circunstanci¬ais. Precisamos enxergar mais longe. Jack Halford, pastor de uma grande igreja pentecostal nos Estados Unidos da Améri¬ca, chama de batalha espiritual aquilo que um analista comumente denomina de transferência: A maior batalha de toda a minha vida espiritual foi talvez travada na época em que tomei o importante compromisso de entrar na esfera da plenitude do poder e busca do Espírito Santo. Foi no início do meu ministério e sem o mínimo interesse da minha parte em "ter um caso" que, devagar, mas defini¬tivamente, encontrei-me numa armadilha espiritual. Meu casamento era só¬lido e meu compromisso com Cristo e com a pureza espiritual era forte. Mas meu envolvimento freqüente com uma mulher de igual dedicação evoluiu para uma afinidade que, com o tempo, passou de amizade a uma paixão quase adúltera. Durante aqueles dias sombrios de uma tentação sexual a que nunca me rendi, lutei muito em oração contra os tentáculos emocionais que estavam buscando estrangular minha alma e me arrastar para o pecado. Sozinho em casa, clamava a Deus — freqüentemente com surtos de linguagem espi¬ritual que brotavam em intercessão pelo meu desamparo. Só posso louvar a graça e a soberania da misericórdia de Deus, por ter sido poupado da perda da minha integridade, casamento, ministério — minha vida!"1 Ao denominar sua experiência de armadilha espiritual, Halford interpretou corretamente a natureza desse conflito. Só teremos alguma chance diante de uma guerra dessa magnitude, se pos-suirmos a consciência de que ela está sendo travada em outro plano — nas regiões celestiais (Ef 6.12). Isso, no entanto, não é uma forma de nos eximir de nossa responsabilidade moral, pondo a culpa somente no Diabo. Fala¬remos mais adiante sobre a voluntariedade de nossas ações como uma condição necessária para que sejamos culpados ou inocen¬tados moralmente. Somos feitos por Deus seres livres e com ca¬pacidade de escolha. Todavia, não podemos esquecer de que "Não temos que lutar contra carne e sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais" (Ef 6.10-12). Sim, as Escrituras afirmam enfaticamente que o Diabo está em oposição não somente aos obreiros, mas a todos os crentes. Essa oposição, no entanto, não deve ser entendida como sendo sinônimo de domínio. Para que não fique a impressão de que estou dizendo que os demônios tem super poderes sobre os crentes, estarei colocando no final deste livro dois apêndices que fa¬zem parte de um texto que escrevi tempos atrás sobre esse assun¬to.4 No Apêndice A, procurei mostrar que é completamente equi¬vocada a crença que dá super-poderes aos demônios. Deve ser observado ainda que uma coisa é o cristão ser influenciado pelos demônios, outra, completamente diferente, é os demônios pos¬suírem o crente. No Apêndice B, procuro mostrar também um correto entendimento sobre a natureza do pecado, a fim de que não o subestimemos. O crente não pode denominar de operação demoníaca aquilo que as Escrituras chamam de obras da carne. Precisamos separar o joio do trigo e saber também que somos agentes morais. Notas 1 Os nomes aqui são fictícios, mas a história é verídica. 2 "Designa em psicanálise, o processo pelo qual fantasias in-conscientes se atualizam no decorrer da análise e se exteriorizam na relação com o analista" (DORON, Roland & PAROT, J. Figueroae. Dicionário de Psicologia. Ed. Ática, São Paulo SP, 1998). 3 HAIFORD, Jack. A Beleza da Linguagem Espiritual. Editora Quadrangular, São Paulo — SP, 1996. 4 GONÇALVES, José. Sabes o Grego? — Tira Dúvidas de Grego Bíblico. Edições do autor, Altos — PI, 2001.

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