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MINISTÉRIO EM DEFESA DA FÉ APOSTÓLICA


PASTOR SERGIO LOURENÇO JUNIOR - REGISTRO CONSELHO DE PASTORES - CPESP - 2419

EM SÍNTESE - VIVENDO COM PROPÓSITOS A RESPOSTA CRISTÃ PARA O SENTIDO DA VIDA - PASTOR ED RENÉ KIVITZ

Esse conceito de felicidade como contentamento, estar satisfeito e/ou adap¬tado em qualquer circunstância, além de ser coerente com a informação de que "as pessoas possuem um ponto de estabilização da felicidade, um iiível de alegria ao qual se retorna, não importa se o indivíduo tenha ganhado na loteria ou perdido a capacidade de utilizar seus membros", também nos ensina que o grande desafio que enfrentamos consiste em viver de modo consciente, atentos às potencialidades e ameaças de cada momento da vida, de modo a nos tornarmos senhores dos nossos estados de espírito. Mas, infelizmente, devo concordar com Thoreau quando diz que a grande maioria dos homens vive uma vida de silencioso desespero". Por baixo do pano escuro da noite, quando as luzes se apagam e restam apenas os labirintos da mente como trilha para o encontro com o descanso, muita gente repousa infeliz. Sua sorte, ou infortúnio, é que durante o dia quase ninguém percebe; disfarçam bem ou convivem com gente igualmente ocupada em disfarçar, que não consegue perceber quão ruins os atores Isão no palco da vida. Algumas pessoas retrucariam: — Eu não sou tão infeliz como você está sugerindo. Acredito. Na verdade, conheço muitas pessoas assim. Mas não invejo suas vidas. E desconfio de que nem mesmo elas se orgulham da vida que têm, pois se a infelicidade não as descreve, também não é tão fácil encon¬trar uma palavra que o faça. Têm vidas amorfas, vazias, e obedecem à mesmice da navegação de um marujo que não sabe para onde vai, que teme chegar a algum lugar indesejável e que cruza os dedos fazendo figa para que o acaso lhes reserve boa ventura. Vidas sonolentas, que se arras-tam em meio a rotinas enfadonhas. Gente que vive à espera da sexta–feira e que se arrepia quando a luz do quarto se apaga no domingo à noite, sem que nada interessante tenha acontecido no final de semana. Não têm uma cama onde repousar, deitam–se noite após noite numa cova de lençóis, se¬pultando um projeto de vida fracassado e, ainda que inconscientemente, rolam de um lado para o outro imaginando alguma novidade inesperada que, como num passe de mágica, derrame adrenalina no dia seguinte. A infelicidade, para a maioria das pessoas, não é um sofrimento constante, com lágrimas derramadas de hora em hora, mas sim o seu oposto, justa¬mente a ausência de lágrimas: não se emocionam, não se entristecem, não se desesperam, não se importam, não choram mais. E acham isso normal, sinal de maturidade, estabilidade emocional, de autocontrole. Eu chamo isso de apatia, dessensibilização, incapacidade de ser afetado pela vida. Talvez por essa razão Borges seja tão celebrado. Viveu sua angústia sem dissimlulação. Sua confissão "não fui feliz" ecoa até hoje no mundo da literatura, que ainda tenta equacionar a genialidade com o fracasso existencial. O maior escritor argentino de todos os tempos e um dos gran¬des do século xx, professor de literatura inglesa e norte–americana na Universidade de Buenos Aires e de poesia em Harvard, colecionou, ao longo da vida, os mais célebres prémios da literatura mundial. Celebrado como génio, deixou pisadas palmilhadas por centenas de novos escrito¬res, que sonhavam repetir suas histórias fantásticas, e abriu portas para Umberto Eco e Gabriel Garcia Marquez, para citar apenas dois. Mas fra¬cassou na vida. Ao completar 80 anos, em agosto de 1979, afirmou que estava cansado de viver. Conviveu com a cegueira durante 30 anos. Mor¬reu cético, em profunda solidão, pois sempre preferiu as personagens às pessoas. O poema Instantes, erroneamente atribuído a ele, bem poderia servir como seu epitáfio. Se eu pudesse viver novamente minha vida, na próxima trataria de cometer mais erros. Não tentaria ser tão perfeito, relaxaria mais. Seria mais tolo ainda do que tenho sido, na verdade, bem poucas coisas levaria a sério. Seria menos higiénico. Correria mais riscos, viajaria mais, contemplaria mais entardeceres, subiria mais montanhas, nadaria mais rios. Iria a mais lugares aonde nunca fui tomaria mais sorvete e menos lentilha, teria mais problemas reais e menos problemas imaginários. Eu fui uma dessas pessoas que viveu sensata e produtivamente cada minuto da sua vida; claro que tive apenas momentos de alegria. Mas, se pudesse voltar a viver, trataria de ter somente bons momentos. Porque, se não sabem, disso é feito a vida, só de momentos, não percam o agora. Eu era um desses que nunca ia a parte alguma sem um termometro, uma bolsa de água quente, um guarda chuva e um pára–quedas; se voltasse a viver, viajaria mais leve. Se eu pudesse voltar a viver, começaria a andar descalço no começo da primavera e continuaria assim até o fim do outono. Daria mais voltas na minha rua, contemplaria mais amanheceres e brincaria com mais crianças, se tivesse outra vez uma vida pela frente. Mas, já viram, tenho 85 anos e sei que estou morrendo. Borges entendeu, talvez tarde demais, que a vida é cheia de pequenos mo¬mentos que podem ser celebrados quando vividos com inteireza, amor e simplicidade, sem a necessidade de que se eternizem porque grandiosos, mas grandiosos porque vividos como eternos. Também por isso não me dou por vencido. Sei que existe uma dimen¬são de vida acima da mediocridade acomodada. Saio para uma maravilhosa aventura e convido você a vestir–se de coragem e me acompanhar na busca de respostas a algumas perguntas absolutamente relevantes para quem deseja uma vida plena: como experimentar um modo de viver satisfatório em meio ao turbilhão de responsabilidades, solicitações, ocupações, supo¬sições e possibilidades? Aliás, é possível encaixar esse universo em sete dias de 24 horas? Como nos livrar do estresse, do enfado, do ressentimen¬to, da vontade de sumir, do senso de vazio e de inutilidade e da culpa? Existe um jeito de ganhar o mundo sem perder a alma? É possível viver num estado de espírito que chamamos felicidade? Afinal, existe mesmo essa tal felicidade? E, se existe, como se define? E, se é possível defini–la, como experimentá–la?

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