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MINISTÉRIO EM DEFESA DA FÉ APOSTÓLICA


PASTOR SERGIO LOURENÇO JUNIOR - REGISTRO CONSELHO DE PASTORES - CPESP - 2419

PODER PARA PERDOAR (ATOS 1.8) - PENTECOSTE O FOGO QUE NÃO SE APAGA – PASTOR HERNANDES DIAS LOPES

Havia uma rivalidade histórica entre judeus e samaritanos. Inimi¬gos irreconciliáveis, eles não se toleravam. Os judeus consideravam os samaritanos combustível para o fogo do inferno. Se uma jovem judia se casasse com um jovem samaritano, a família oficiava simbolicamente o seu funeral. Um judeu não podia comer pão na casa de um samaritano, pois o pão do samaritano era considerado imundo. A hostilidade entre eles era profunda. Pelo fato de Jesus não ter sido bem recebido em Samaria, Tiago e João, os filhos do trovão, quiseram que fogo do céu caísse sobre a cidade para destruir os seus desafetos. A mulher samaritana fez questão de relembrar a Jesus que um judeu não deve pedir um favor a um samaritano, muito menos um samaritano ajudar a um judeu. Quan¬do Neemias, após os 70 anos de cativeiro babilônico, retornou a Jerusa¬lém para reconstruir os muros da cidade, os samaritanos tentaram de diversas formas impedir a sua reconstrução. Era o ódio que aflorava. Eram os ranços de um passado mal resolvido. As feridas abertas ainda não haviam sido curadas. Os ressentimentos históricos fervilhavam como as lavas de um vulcão em erupção. Os samaritanos eram judeus mestiços, parentes próximos do mesmo sangue. Foram o produto de um caldeamento de raças, levado a efeito pelo rei da Assíria, Sargão II, que, ao conquistar Israel em 722 A. C, levou o povo de Israel para o cativeiro, e os demais que ficaram na terra foram misturados com outros povos que o rei estrate-gicamente enviou para a região, a fim de enfraquecer o zelo naciona-lista do povo. Dessa mistura racial, surgiu o povo samaritano. Com isso, aprendemos que, quanto mais fortes e estreitos são os laços, mais profunda é a ferida quando se instala uma crise de relaciona-mento. A decepção torna-se mais amarga quando somos traídos por alguém que outrora nos devotou fidelidade. Jesus já havia quebrado a barreira da inimizade passando por Samaria na itinerância do seu ministério. Ele rompeu com todos os preconceitos que separavam esses dois povos pelo muro da inimiza-de. Agora, ao fazer a promessa do derramamento do Espírito, diz que a igreja receberia poder para testemunhar também em Samaria. Tal-vez fosse o último lugar a que um judeu gostaria de ir. Talvez fosse a última escolha para uma empreitada missionária. Mas, onde chega o Pentecoste, as barreiras do ódio são desfeitas. Onde o Evangelho pre-valece, acabam-se as guerras frias, curam-se as feridas, restauram-se as relações quebradas e estabelece-se a comunhão. A ordem de Jesus não é para incendiar a Samaria, como antes queriam Tiago e João, mas para testemunhar a ela a mensagem suprema do amor de Deus e da salvação em Cristo. Só recebendo poder do Espírito, podemos perdoar. Precisamos de poder para amar como Jesus amou. Precisamos de poder do Espírito para não deixar que a peçonha venenosa do res¬sentimento azede a nossa vida. Precisamos do Pentecoste para amar¬mos a quem nos odeia, para levarmos vida a quem deseja a nossa morte, para abençoarmos a quem nos amaldiçoa. Precisamos do re¬vestimento de poder para transformarmos os nossos inimigos em amigos, para conquistarmos as pessoas que nos ferem pela força irresistível do amor incondicional. Foi esse poder que capacitou os apóstolos a sofrer açoites e prisões e até mesmo o martírio sem perder a doçura da vida. Como flores, ao serem pisados, exalavam o perfume de Jesus. Como metais nobres, ao serem lançados na fornalha da perseguição, saíam mais puros, mais alegres e mais exultantes. Como diamantes, ao serem lapidados, refletiam com mais fulgor o brilho da glória de Deus. Foi também esse poder que preparou Estêvão, o primeiro már¬tir do cristianismo, a morrer apedrejado sem mágoa no coração. Seus olhos não ficaram embaçados pela crueldade de seus algozes, mas ele viu Jesus na sua glória. Ele não praguejou invocando libelos condenatórios contra seus flageladores, antes intercedeu por eles. Não havia ódio no coração de Estêvão, mas poder para amar e perdoar. Hoje, a igreja está precisando de poder para resolver muitas pendências na área dos relacionamentos. Há muitas pessoas feridas no arraial de Deus. Há pessoas profundamente machucadas e decep-cionadas no relacionamento com seus irmãos. Há muitas mágoas não curadas. Há muitas feridas abertas. Há gente entupida de ressenti-mento. Há muitos líderes evangélicos encharcados de mágoa, preci-sando de cura. Há muitas famílias de pastores carregando traumas e decepções profundas pela maneira como foram tratadas na igreja de Deus. Há muitos crentes fracos e doentes por causa de atritos, brigas e contendas não resolvidas. Há pessoas na igreja que se comportam como Caim, trazendo ofertas ao altar de Deus, mas com o coração cheio de ira contra seus irmãos. Há crentes na igreja que se compor-tam como Esaú, nutrindo sede de vingança no coração. Há outros que agem como Absalão, atentando contra a vida de seus próprios irmãos, porque nunca conseguiram perdoá-los. E ainda outros agem como Saul, lançando flechas contra os ungidos de Deus, pagando o bem com o mal, porque estão dominados por um espírito de perturbação. Onde não há amor, não há vida, pois quem odeia a seu irmão está nas trevas e nunca viu a Deus. Quem não ama a seu irmão não pode amar a Deus. Por isso, quem não perdoa não pode ser perdoado. Mas onde prevalece o amor, reina o perdão. O amor é um remédio infalível para curar as feridas da mágoa. O amor cobre multidão de pecados. Preci¬samos, portanto, de poder para amar. Precisamos do Pentecoste para perdoar!

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